Caros amigos,Não esquecendo que ainda há uns temas para colocar do ano passado, embora a nossa cabeça ainda faça uma certa resistência a “formatar” o número 2009, hoje trago um tema para o blog sobre o qual vou fazer uma abordagem meio séria, meio a brincar…
Vou falar do míscaro, essa espécie tão apreciada, tão procurada, e que pelas nossas bandas ainda nasce e cresce, mesmo sem ninguém o semear ou tratar dele… E assim esperemos que continue a ser. Por isso é que este tema é interessante!
Se vocês fizerem uma busca pela internet, poderão descobrir que há uma feira do míscaro, há projectos científicos financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia para pesquisas em míscaro, ele há inúmeras receitas com míscaro, e há um documento muito interessante que na minha opinião deveria ser divulgado, que é um Manual de Boas Práticas de Colheita de Cogumelos Silvestres, publicado pelo MADRP (como quem diz, Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas).
Eu sei que a primeira reacção será: “deve ter a mania…” ou “deve pensar que me vai ensinar alguma coisa…”. Não é esse o caso! Muitas vezes, de uma forma natural, são procedimentos usuais do nosso dia-a-dia, mas não sabemos o princípio que está por detrás… Mas ao lerem o Manual, principalmente na página 3 e 4, sobre como recolher e como transportar (e aqui, a coisa mais comum que se vê é o baldinho de plástico!) talvez se mudem hábitos para que no ano seguinte a produção seja mais abundante. Fica o alerta…
A segunda parte deste post, é a parte meio a brincar, pois as outras terras podem ter muita coisa sobre o míscaro, mas não têm o Rei do Míscaro!!!
De seu nome Jacinto, achadiço, amigo, figura castiça, ora para a Gândara-de-Baixo, ora para a Gândara-de-Cima, aí está ele em busca de tão apreciada espécie!
A sua ergonomia não será a mais favorável para este tipo de prática, pois o airbag dianteiro permanente (que é um acessório que ele próprio desenvolveu a muito custo para sua segurança quando se desloca no seu veículo motorizado de 2 rodas), não dará muito jeito para andar dobrado sobre o solo, mas mesmo assim não se sai nada mal.
E com isto me despeço, um grande bem-haja para o nosso Rei, o Jacinto, que se disponibilizou para uma sessão fotográfica com o fotógrafo de campo, Zé Alberto.
Ah… e já agora, fica aqui um a palavra de agradecimento ao Coimbra, que foi ele que me alertou para a existência deste manual de boas práticas, num dia à noite enquanto tomava café no Relvão.
Um abraço,
JC
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* a foto que está no princípio do post foi retirada daqui!
12 comentários:
deviam de fazer referencia tb à rainha do miscaro: a Fátima!!!! Ela é capaz de ultrapassar o Jacinto!!
Viva o míscaro!!!
mas de vez em quando a Fátima vai com o balde cheio de caruma e mete meia dúzia de míscaros ao cimo...!
eh pá... por acaso pensei na Fátima tb, pois qdo tive em S. Paio e andei a sondar dos campeões dos míscaros, falaram-me dela... Mas nada está perdido e se há um rei, tem de haver uma rainha.. do míscaro! Nada de confusões..
O Sérgio é gajo para me arranjar umas fotos... hum, Sérgio??
Anónimo disse...
(...) Ela é capaz de ultrapassar o Jacinto!!
kordeiro diz:
a Fátima desde muito nova sempre "lhe deu bem" a andar de moto! Não é dificil ultrapassar o Jacinto!
:-))))))))))))))
Não digo, que não haja reis e rainhas do míscaro .... mas para baterem o meu falecido avó Fortunato, ainda têm muito que pedalar !!!!
em tudo na vida é como no ditado: "Rei morto, Rei posto...". É sempre bom recordar essa gente boa!
O Ti Fortunato!
Os tempos eram outros e o míscaro abundava mais.
Posso é afirmar o Sr.nos míscaros era REI a cozinha-los!
Na actualidade o REI na confecção do míscaro é o Alvaro, também posso garantir!!(Quem nós cá dera)
Falando um bocadinho mais a serio, vem muita gente de fora apanhar miscaros nas nossas Gandaras, de Penacova, Tabua, S. Comba, mas a verdade é que a epoca passada foram apanhados varias vezes a colher os miscaros com foices, anchinhos, gadanhas, deixam os terrenos completamente limpos, juntam a carruma em montes. Os terrenos ficam muito piores do que comparados com a passagem dos javalis. Foram avisados algumas vezes, e num acto de gozo ainda trataram mal as pessoas que lá andavam que tinham idade para ser seus avós. O pensamento deles é: como não são de cá, os terrenos não são deles, não contam de vir mais k uma ou duas vezes é dar-lhe... sem olhar a nada, é estragar para a frente.
O Manual foi elaborado com esse propósito: ensinar para evitar situações futuras de escassez ou de espécie protegida... O respeito pelo próximo deveria estar sempre presente, mas infelizmente sabemos que nem sempre acontece... é como a situação do vazamento de entulho na estrada da ribeira. Cada vez é mais....
Se calhar isso já é um dos factores que contribui para que este ano houvesse muito poucos ou nada. Pois... quanto ao entulho, será que a CMP tenha capacidade de resposta quando solicitada para a colocação de um contentor para entulho?
Bom Ano para todos! Anónimos e identificados. Fico muito feliz por ver recordado o meu querido e saudoso avô por uma das suas facetas, que era o de preparar excelentes petiscos, entre muitas outras, que quem com ele teve o privilégio de conviver, recorda com saudade. E é nas coisas mais simples e triviais que muitas vezes recordamos com saudade aqueles que infelizmente já não estão entre nós, mas a quem prestamos homenagem. É nessas e na atitude perante a vida que para mim será sempre o meu Rei.
Paulo Ramos
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