terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Notícias...


Meus amigos,
 
Já contei isto vezes sem conta mas hoje volto a repetir-me um pouco (será da idade..?)... quando criei o blog, além de um sentimento de agradecimento que tenho por esta Aldeia e sua gente, foi também com o objectivo de divulgar uma terra, de aproximar gentes, de fazer despertar um pouco o sentimento de saudade daquilo que verdadeiramente é nosso...
 
A maior e gratificante recompensa que posso tirar disto tudo são momentos que acontecem como o de hoje à noite. Abri o computador, ver e-mails e eis que me deparo na caixa de correio do blog com um e-mail vindo da Holanda!
 
Foi escrito pela Maria de Lurdes Simões... aliás, Maria de Lurdes ALMEIDA Simões! O Almeida faz aqui toda a diferença! 
 
A Maria de Lurdes é filha de Maria da Conceição Almeida Simões... ou simplesmente, Maria do Valeiro!
 
Ela deixou um e-mail que nos transmite algumas notícias dela e da sua mãe. Aqui fica, assim como uma foto da Maria do Valeiro.
 
O blog, mais uma vez cumpriu a sua missão e eu ganhei o dia! Obrigado, Maria!
 
Um abraço,
JC
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Sou Maria de Lurdes Almeida Simões e sou filha da Maria do Valeiro (Maria de Conceição Almeida Simões).

Peço desculpa de só agora escrever este email dando a notícia que a minha mãe faleceu no dia 08 de Dezembro 2011 em Amesterdão, Holanda.
 
Pois e só hoje que descobri este site da freguesia de São Paio.
 
Ela já há uns anos que estava mal e foi hospitalizada no dia 05 de Dezembro com uma pneumonia. 

Na noite de 07 para 08 de Dezembro teve uma hemorragia cerebral.
 
Embora já há uns anos que não ia a São Paio e ao Valeiro, sempre se lembrava dos velhos tempos e do irmão Joaquim e telefonava várias vezes para saber como é que ele estava.

Fiquei chocada quando soube que só 2 meses depois da morte de minha mãe,  faleceu o tio Joaquim.

Ela queria cá ficar na Holanda e ficou sepultada em Amesterdão,  a cidade que ela veio a gostar durante de 45 anos.

Até um dia,
Maria de Lurdes Almeida Simões

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Granizado...!

Meus amigos,

Depois do vendaval e chuva de sexta e sábado, o mau tempo voltou hoje a fustigar a aldeia.

Desta vez foi o granizo. No final da manhã voltou em força e pelo que sei, voltou a cair há cerca de 10 minutos. 

A temperatura que se fez sentir todo o dia foi bastante baixa o que levou a que o gelo permanecesse durante a tarde sem derreter. Algumas das fotos demonstram exactamente isto.

As fotos foram-me chegando pela Cristina Duarte e o Zé Alberto. A Daniela Guerra conseguiu captar o momento em que o granizo caía com intensidade, em vídeo.

Agradeço e aqui fica as imagens de um dia que promete ser longo…





Abraço,
JC

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

E quase tudo o vento levou…


Meus amigos,
Um fim-de-semana escolhido ao pormenor para visitar S. Paio!

Mas posso relatar mais ao pormenor a minha ida à aldeia! Saio sexta-feira de casa por volta já das 21.30. Avisos de temporal, mas vamos ver o que a estrada nos reserva…

Mal saio de Lisboa, as rajadas de vento e chuva na Auto- Estrada colocavam à prova a integridade do carro e atenção do condutor (estava sem cafeína mas os abanões fizeram o mesmo efeito). Zona de Torres Novas, Fátima a situação agrava-se… Acalma a seguir de Pombal e chego a S. Pedro d’Alva para reconfortar o estômago, e não se passava grande coisa… chuva, até mansa, sem meter medo! A seguir à 1 hora da madrugada é que esqueçam aquilo que acabei de escrever, ou seja, o “sem meter medo”! A chuva intensa, o vento forte fazia partir tudo e levantar tudo onde conseguia pegar! Os contentores de lixo entraram numa dança ao sabor do vento, as árvores aguentavam até poder mas muitas foram aquelas que vergaram e partiram. O problema dos pinheiros secos foi um dos maiores causadores de destruição na aldeia. A limpeza não é feita, mata ao abandono… uma nota de importância: no arraial das Ermidas não aconteceu nada. Normalmente ficamos logo a pensar que os eucaliptos centenários não vão aguentar mas o que é certo é que correu tudo bem e simplesmente vi muita casca e uma ramada pequena no chão. A manutenção de que têm sido alvo é fundamental para este resultado. Ou seja, no arraial Eucaliptos-1, Vento-0.

Escusado é dizer que a corrente elétrica falhou na noite de sexta e só voltou a parte da aldeia no sábado de tarde. Na zona das Ermidas até ao Victor “Serralheiro” não havia até ontem à tarde assim como no Forno e no Vitor Bandeira também não.

Comunicações móveis e fixas tudo sem funcionar a não ser só em algumas zonas que se conseguia ter rede de antenas de outros concelhos.

Havia linhas telefónicas partidas assim como alguns cabos de electricidade no chão. Na recta logo a seguir à serralharia do Vitor, o cabo estava todo no chão devido à queda de um pinheiro grande sobre a mesma. Alguns esticadores das baixadas da corrente eléctrica às casas também rebentaram ou saltaram fora do sítio.

A barragem está quase na cota máxima, as barragem da Aguieira e Coiço a descarregar o que faz com que na zona de Vila Nova e a jusante, o rio vá cheio.

Telhados levantados, muros deitados a baixo ou incidentes do género, pelo menos em S. Paio não vi ou ouvi contar. Uma estufa destruída e lá em casa, Couves-0, Vento-2!

Muita casca de eucalipto, pequenos ramos e folhagem, é o que se vê nas estradas. A limpeza é fundamental para desobstruir as valetas.

Ontem foi um rico dia de chuva! Pensava que o tempo aliviava pois na noite de sábado o céu até estava limpo e estrelado, mas o dia acordou a chover e outro dia não se teve pelo menos até à hora de eu me vir embora! É assim.. o Homem não manda nada!

Até já,
JC

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Faleceu o Ti Zé Sevilho...

Ontem faleceu o José Cordeiro, o nosso mais do que conhecido JOSÉ SEVILHO. Durante toda a vida, carregamos imensas mágoas, umas maiores do que outras mas sendo sempre mágoas. Hoje é mais um daqueles dias a que nos vamos ter que nos habituar a que se tornem mais recorrentes do que desejávamos. O tempo passou por nós e está a passar cada vez mais rápido por todos aqueles que connosco partilharam as suas vidas.
 
Ontem, morreu um homem grande, de palavra, daqueles à moda antiga, dos que não choravam, dos que ”podiam ver as tripas de fora”, dos que a vida calejou as mãos e o coração, dos que não voltam nunca mais. Ontem, também morreu um amigo muito mais velho, que me ajudou, que me apoiou, que me defendeu.
 
Fiquei mais pobre, fiquei mais triste, mais só, mais apreensivo em relação à vida, mas a compreender cada vez melhor a nossa importância neste mundo terreno. Falei há bem pouco tempo com ele e estava feliz apesar de tudo. As marcas que a vida lhe tinha feito, tinha-as lá todas e por isso desabafava quase que às escondidas no café, que agora exploro em S. Pedro de Alva. Como era bonito sentir que não queria ser pesado a ninguém, que não queria ser só mais um velho. Assim lia a Comarca de Arganil e procurava comentar comigo as notícias. Continuava tão interessado na vida da região como se de um rapaz novo se tratasse e manifestava a sua opinião.
 
Hoje, já começo a sentir a falta daquele que já quase sem poder, foi das últimas pessoas deste concelho a ter luz em casa. Foi um lutador, um sofredor, viu partir muito antes dele um filho e uma filha e acima de tudo foi incansável na sua luta. Acreditou, lutou e acabou por merecer tudo o que a vida lhe deu. Por isso Zé Sevilho, já que não mais nos vamos ver na tua adega à moda antiga, de terra batida, onde dormias as tuas sestas, tentei desta forma prestar-te a minha última homenagem, dedicando-te estas palavras.
 
Descansa em paz, porque a tua vida foi plena na terra e Deus, terá sempre um lugar para os homens justo no Céu.
 
* António Catela
 
Completando o texto do Catela, no qual não quis alterar nada porque acho que é uma justa dedicatória a um Homem que conheci de bem perto, quer dado ás relações familiares que existem entre ambas as famílias assim como do lugar onde habitou grande parte da sua vida ser próximo da minha casa. O caminho para o Barreiro fazia-se muita vez com uma paragem estratégica em casa dele nem que fosse só para beber um pouco de água fresca de um cântaro de barro que tinha sempre ao fresco na sua adega de que já se falou aqui.
A foto que coloco aqui foi tirada no verão de 2009 (se não estou em erro), num dia quente em que foi a última vez que estive com ele na sua adega. Voltei a casa dele mais algumas vezes mas não com a calma daquela tarde do dia 16 de Agosto. Lembras-te Catela?
Tal como as pessoas do tempo dele, tinha sempre histórias, passagens para contar… Fechou-se uma enciclopédia humana muito rica, com muito saber!
O ti Zé Sevilho celebrava amanhã 94 anos de idade.
O blog de S. Paio envia os mais sentidos pêsames a toda a família! Zé Alberto, um abraço.
O funeral do ti Zé Sevilho será realizado hoje pelas 16H.
Um grande abraço.
JC

sábado, 12 de janeiro de 2013

Cantar as Janeiras - Tuna de S. Martinho

Meus amigos,

um pedido de divulgação que chegou ao nosso blog.

À semelhança de anos anteriores, aqui fica o programa das actuações da Tuna de S. Martinho. Quem os quiser ver e ouvir cantar as Janeiras, aproveitem!

Um abraço,
JC

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Declaração de existências de animais da espécie ovina e caprina

Meus amigos,

Durante o mês de janeiro decorre o período obrigatório de "Declaração de Existências de Ovinos e Caprinos (DEO/C)", conforme Aviso do Senhor Diretor-Geral de Alimentação e Veterinária (ver imagem).

Fica o alerta!

Até mais logo,
JC

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Mais um ano passou na aldeia...


Meus amigos,

Nove dias passaram já do mês de Janeiro! Desejo um excelente 2013 para todos!

A vida na aldeia pouco muda com ou sem a crise! Sempre me lembro dos meus avós levarem a vida deles indiferentes a tudo. O dia nascia, havia o trabalho agrícola para fazer, animais para tratar…  os dias passavam uns atrás dos outros.

Li há uns dias numa página do Facebook a seguinte frase: “Luxo é ter o que poucos conseguem viver. Viver na aldeia é, cada vez mais, um luxo”. Eu sorri… porque quem está fora, entende o sentido da expressão, quem vive na aldeia provavelmente muitos dias nem se lembra deste pormenor.

A aldeia é um sítio pequeno, onde todos se conhecem, onde tudo se sabe, onde se sabe onde este ou aquele vai ou foi, o que aconteceu ontem, a que hora chegou o vizinho a casa ou quem fazia barulho às 5 da manhã na estrada… E pergunto eu, e será assim tão mau? Saturante…? Por vezes acredito que sim... mas isso passa! 

Eu vivo num bairro com meia dúzia de ruas, conheço alguns vizinhos de passagem, os colegas do ginásio aqui no bairro (tenho de arranjar uma horta para cavar!), no prédio somos 20 fracções, estou cá há 11 anos.  Não conheço metade deles e alguns dos que conheço não foi pelas melhores razões. Posso ir ao café que não encontro o Tóino, o Zé, o Manel, etc… encontro alguns desconhecidos ou aquele sujeito que simplesmente cumprimentamos. Mas é diferente do cumprimento que eu sempre fui habituado a fazer na aldeia! Sempre me disseram para falar a todos! Será assim tão mau viver na aldeia…?

Está aí um mais um ano! Aproveitem e desfrutem da aldeia. Retirem dela o melhor que este sítio tem. E quem está fora, não esqueçam as raízes! Há sempre alguém para vos receber, há sempre um sorriso à vossa espera…

Um texto um pouco estranho para princípio de 2013 mas vem aí coisas mais engraçadas.

Até já,
JC