quarta-feira, 30 de abril de 2014

Melhoramentos na Igreja Matriz... continuam!


Meus amigos,
 
Só para vos mostrar as obras que continuam a decorrer no Adro da Igreja Matriz.
 
Preparativo para a colocação da pedra do calçadão desde do cimo das escadas até à frente da Igreja...
 
No Santo António, penso que já acabaram, mas não consegui tirar fotos pois estavam lá carros estacionados… talvez daqui a uns dias.
 
De resto, aproveita-se o sol para meter as culturas em dia!
 
Abraço,
JC
 

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Meus amigos,

Semana Santa já passou, Páscoa também e lá fomos à aldeia ver o que de melhor ela tem…

Sexta-feira não se come carne, há peixe para assar. O tempo parece ajudar e chuva, só umas pingas para assustar…

Este dom era do meu avô Chico, o de fazer rimas! Eu não o herdei e, vocês, primos e primas?

Em modo normal de escrita, o fim-de-semana da Páscoa lá se passou. Depois de uma semana marcada de forma negativa por mais 2 falecimentos na aldeia, o fim-de-semana foi tranquilo. O tempo continuou incerto... uns raios de sol, alguma chuva fraca, mas deu para andar cá por fora. As noites ainda estavam frias mas nada que assuste e há sempre alguns cavacos para meter a arder.

Aproveitou-se para se fazerem alguns folares. Tenho de convencer a minha mãe a fazê-los em outras alturas do ano…

A visita Pascal este ano começou meia hora mais tarde do que o habitual. Há muita casa desabitada na aldeia mas felizmente, há muita gente que continua a abrir a porta e a receber aqueles que, em detrimento de estarem com as suas famílias ou simplesmente em casa, lá vão de porta em porta. 

Este ano o ti’ Zé Madeira e a esposa, Arminda, a Ilda do ti’ Zé Neves, a pequena Ana Carolina, a Emília do Val-de-Açores e o Manel da Estrela d’Álva… Acho que assim identificam todos! Após a interrupção para almoço e celebração da Missa (que ocorreu pelas 15:30), a visita Pascal prosseguiu com a Arminda a ceder o seu lugar à São Ramos (ou São do ti’ Jaime).

Correu tudo muito bem, ao enxuto, sempre com a hospitalidade habitual das nossas gentes!

Continuo a achar que nesta altura do ano, com as temperaturas baixas e bastante humidade no solo, deveria haver uma autorização para o uso de foguetes. E um patrocínio para comprar meia dúzia... Se é festa, é festa! Perdi a conta aos anos em que o morteiro lançado à minha porta me fazia saltar da cama! A coisa funcionava...

Um abraço e prometo ser até breve!
JC

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Faleceu o nosso amigo Silvério...


Os sinos voltaram a tocar na aldeia e quando eles tocam é mau sinal.

A preocupação acentuou-se ainda mais, quando duas ambulâncias irromperam pela aldeia dentro tocando as suas sirenes estridentes como se o mundo estivesse a acabar. E sim, acabou para dois amigos.

O Silvério, que por aqui apareceu há uns anos e que acabou por ficar por aqui, vivendo com a “São do Alfaiate”, depressa se entrosou na aldeia e em pouco tempo começou a merecer o carinho de todos.

Tinha a ficção de um dia acertar no totoloto e vibrava com isso todas as semanas. Nunca ia ao Porto que no regresso não distribuísse por uma grande parte das pessoas da aldeia uma garrafa de vinho do Porto, um bolo-rei ou um folar. Sempre amigo de dar, acabou por doar as cadeiras e mesas para a Associação de S. Paio de Mondego e para a Associação do Silveirinho.

Foi um homem lutador, praticamente analfabeto mas que fazia contas como ninguém. Agora veio o carro fúnebre para que ele fizesse a sua última viagem em direcção ao Porto. Não o esqueceremos porque homens deste calibre deixam marcas.

Ficou em nós “ os que de mais perto lidaram com ele” uma sensação esquisita mas no fundo sabemos que se libertou para Deus.

Apresentamos os nossos pêsames à família.

Que descanse em paz, Silvério. 
ACatela

Faleceu o Carlos Gato...

O tempo parou para o nosso amigo Carlos “Gato”. O meu vizinho da frente, fazia questão de todas as tardes vir até à sua casa onde se sentava no alpendre ouvindo o chilrear dos passarinhos e olhando com aqueles olhos mareados de lágrimas para o infinito misturando os pensamentos e as acções lembrando-se de tudo o que tinha acontecido no passado e não conseguindo lembrar-se do presente.

Tudo apontava num pequeno caderno de apontamentos para que não se esquecesse. Por companhia tinha sempre um cão…muitas vezes até o meu próprio cão de que ele tanto gostava. O olhar vagueava, nos tempos sofridos da morte da mulher, das saudades das terras de França por onde sempre andou. No fundo, depois de alguns contratempos, acabou por vir para Portugal onde foi acolhido pela sua irmã.

Foi fazendo a sua vida que não passava de rotinas diárias e os anos foram passando muito devagar por esta terra que era tão dele. Hoje o Alfredo tocou os sinos e mesmo sem estar pronto o Carlos repousa na sala mortuária que o povo desta terra está a fazer. Não sei se sentiu fugir a vida, ninguém sabe, mas faleceu pela manhã e amanhã (terça-feira) terá o seu funeral às 17.30 horas para o cemitério da Freguesia.

Passamos longas horas juntos nos bons velhos tempos e vou guardar para sempre aqueles olhos lindos com que me fitava. Enquanto pôde desabafou tantas coisas que nunca esquecerei, como também não esquecerei a cara de surpresa quando o fui ver ao hospital em Espanha.

O tempo continua a fazer das suas e começo a ver partir aqueles amigos de sempre e isso faz muita confusão. Do pó nascemos, à terra voltamos sempre sem conseguir adivinhar a hora. Que Deus te dê a paz que mereces. A ti Paula, e a toda a família, apresento os meus sentimentos.


Mais uma vez não sei se vou conseguir estar presente mas tudo farei por isso.

Um abraço,
ACatela