quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Atrasada, mas cá fica a sentida homenagem...

Nem sempre a vida corre ao ritmo que desejamos e houve um atraso na elaboração destes 2 textos. Como achamos que seria útil a informação da hora dos funerais realizados na passada segunda-feira, publicou-se só essa informação ficando algumas palavras por dizer, mas aqui vão elas...

O texto do ti' Guilherme foi escrito pelo Catela, Sobre o ti'António Carteiro, escrito por mim.

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A aldeia voltou a chorar incrédula, porque apesar da idade já avançada, mais um dos seus filhos mesmo que adoptado partiu. Não pediu contas a ninguém, não quis acertá-las na terra e partiu. Escolheu o caminho que o cérebro cansado lhe exigia e pronto sem mais perguntas, partiu.

Deixou, como quase sempre deixam todos os que partem como ele, as outras perguntas no ar…e são sempre perguntas difíceis que nunca obtêm resposta. Enfim o “ti’Guilherme da venda”, como quase todos o conhecíamos, partiu ao encontro da solidão, ou então, à procura dos sonhos que não cumpriu, mas partiu. Enrugado pelos anos vividos, cansado de uma vida nem sempre bem vivida, de tempos agrestes recordados.

Decidi fazer este pequeno texto, pelo que recordo dele, pelo que me ficou dele e pela forma discreta como sempre me tratou. Recordei uns matraquilhos afinados e de tal maneira oleados que a rapidez com que se jogava era impressionante. Recordei uma noite de casamento, daqueles casamentos à moda antiga, feitos no pátio de uma casa, cobertos de um simples plástico transparente, tentando evitar alguma chuva que pudesse aparecer e nesse dia, ele estava lá, no fulgor da idade, jogando com os mais novos na sua taberna, lutando com aquelas mãos calejadas de igual para igual. Pois… recordo e recordarei sempre o momento, e com carinho recordarei este homem triste no olhar, mas que sempre me respeitou.

Caro António Pais Guilherme descanse em paz, naquela paz que todos procuramos encontrar um dia!
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No dia seguinte, chega a notícia da morte de António dos Santos Fonseca, ou simplesmente o Tóino Carteiro. Nascido e criado num dos muitos Casais existentes em São Paio (ainda do tempo que tinha como complemento “da Farinha Podre”) chamado de Vale-de-Açores, onde nunca houve nem água canalizada nem electricidade, mas onde se criaram 6 filhos! 

As brincadeiras de miúdos estavam longe de chegar a uma consola de jogos! Havia sim, várias consolas de jogos mas feitas de formas rudimentares e até um pouco de estopa a estoirar ao ser calcada dentro de um ramo oco de sabugueiro servia de diversão… décadas de dificuldades mas felizes e férteis! 

O António, é o terceiro filho de um Casal onde se vivia do que a terra dava e dos animais… alguns negócios da venda de queijo, troca de bois, peles de animais e pouco mais. E assim se criaram 6 filhos! O António cedo foi para Lisboa para trabalhar, mas regressou à sua terra onde constituiu família. Viveu na Cruz do Soito! Deixa viúva Maria Cândida Cordeiro das Neves Fonseca.

Só um apontamento sobre o António, meu tio direito! Eu podia desde de novo ter a ideia mas foi este homem que teve a paciência de me ensinar a andar de motorizada. Na sua Famel Z2, sempre que ele ia ao Val-das-Casas, eu vinha apreciar a motorizada. Houve um dia, pacientemente ele ensinou-me o que era a embraiagem, selector das mudanças, travão traseiro, o dianteiro e depois da teoria, passou à prática. Desde desse dia, nunca mais parei e ainda hoje agradeço-lhe do fundo do meu ser, o que ele me ensinou. É o meu vício mais caro, um modo de estar na vida, de estar com os amigos, mas acima de tudo, um prazer que como se costuma dizer, só quem anda de mota entende o porquê dos cães colocarem o focinho à janela quando andam de carro. 

Tio, um dia voltamos a dar uma volta juntos. Sim, sempre de capacete! Até lá…

Um abraço,
JC

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Prova de perícia...

... pelas ruas de São Paio!

Meus amigos,

esta terça-feira, a rotina da aldeia foi alterada pela prova de perícia que um condutor espanhol ao volante de um camião TIR com matrícula da mesma nacionalidade teve de fazer na aldeia!

Qual a história deste insólito? Um camião de matrícula espanhola que vinha carregar à Estrela d'Alva! Saí no nó do IC6 correcto, mas mete-se direito a São Paio. Ignora o sinal de 18t colocado junto à rotunda (e ele vinha vazio por isso não atingia o peso...) e só parou à porta do Jacinto, na Costadeira. 

E dar a volta?? Pois, vamos ver a perícia do homem a fazer marcha-atrás até à rotunda! 

Passou com distinção!

Abraço e até amanhã. Voltarei com 2 pequenos textos sobre os acontecimentos do fim-de-semana passado.
JC


domingo, 8 de setembro de 2013

Falecimentos...

Meus amigos,

Um fim-de-semana triste na nossa aldeia! 

Faleceu ontem António Pais Guilherme, mais conhecido por ti Guilherme. O seu funeral realiza-se amanhã pelas 18h para o cemitério de S. Paio.

Durante a madrugada de hoje, faleceu António Santos Fonseca. Por muitos conhecido por António “carteiro”. O funeral realiza-se amanhã pelas 16h da Capela de S. João, na Cruz de Soito para o cemitério de São Pedro d' Alva.

Às famílias enlutadas, as nossas sentidas condolências.

Até breve,
JC

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Incêndio florestal a noite passada...


Meus amigos,

mais uma noite com um valente susto. Se já estavam todos agitados pela trovoada que se avizinhava, e que deu para esgotar todas as preces a Santa Bárbara e demais Santos, por volta das 23:00 de ontem tivemos um incêndio florestal que se iniciou junto à estrada do ramal que vai para a Estrela d'Alva. Mais não preciso de escrever, pois não?

O Cláudio Bandeira, que vinha a vir do treino de Arganil, deparou-se com aquele cenário e rapidamente comunicou o que estava a acontecer. População primeiro (até a ajuda de um tanque do Carlos Duarte), mais tarde os bombeiros conseguiram controlar e apagar o que podia ter sido um caso complicado.

Uma ocorrência que foi vivida ao segundo por quem tem conta de Facebook.

A trovoada e alguma chuva apareceu na zona, mas algo mais tarde. 

Um abraço,
JC

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Carrinhos de choque... pode estar para breve à entrada de S. Paio!


Meus amigos,

Não será preciso ir neste mês à Feira do Mont'Alto ou à Feira de São Mateus para andar de carrinho de choque.

Basta para isso pegar num tractor / camião com carga alta ou então arranjar uma antena de CB e colocá-la no tejadilho de uma carro ou cabine e passar à casa do Diamantino a entrar na Cruz de Soito!

A história desta introdução: em Julho houve um acidente de viação que partiu um poste da EDP e por consequência, o cabo caiu. O piquete da EDP foi chamado e remediou o caso! 

O problema é que o cabo ficou sobre a via  não está à altura mínima. Ou seja, um carro alto, dentro dos limites legais, bate lá...

A EDP já foi alertada várias vezes e ainda nada fez. Ainda ontem, seguiu mais um pedido para a reparação. A responsabilidade da reparação é da EDP que depois de trabalho feito, fará chegar a factura do trabalho à seguradora do acidentado que partiu o poste.

Será que estará para breve? Fica o alerta de quem por lá passa com cargas altas, terem atenção senão tocam no cabo.

Um abraço,
JC

terça-feira, 3 de setembro de 2013

"Afogados" da Senhora da Ribeira passaram por S. Paio…

Caros amigos,

Não sei se tiveram conhecimento desta notícia mas o jornal só conta metade da mesma…

Basicamente, o que aconteceu é que no passado dia 28 de Agosto, uns ingleses que estavam na Senhora da Ribeira decidiram atravessar a Barragem a nado… chegados à margem do lado de S. Paio, lá pensaram que não conseguiam regressar a nado e resolveram tentar dar a volta por terra!

Ora, aí é que entra S. Paio pois eles vieram pelo Barreiro.  O meu pai, encontrou-os junto à casa do Zé Sevilho na Gândara de Cima. Eles fizeram sinal para o meu pai parar o tractor. O meu pai não fala fluentemente o inglês mas safa-se... Eles perguntaram se a vila era muito longe. E se a estrada era sempre aquela... Eles explicaram que tinham atravessado a nado.

Fizeram-se novamente à estrada e vieram até S. Paio onde encontraram o Ferreira. Acho que o homem não ganhou para o susto, mas lá chamou o Raul que foi o táxi que os levou novamente à Senhora da Ribeira.

Entretanto, a operação de socorro decorria no terreno…


Até breve,

JC