sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL...


Meus amigos,

Venho ao blog simplesmente para vos deixar uma mensagem de Natal, nesta quadra tão especial!

Todos os dias do ano que agora está quase a terminar, vocês estiveram presentes no meu pensamento (uns mais do que outros, obviamente...), alguns fizeram-me sorrir, as palavras de outros confortaram-me, outros nem por isso, mas é com todo o carinho que desejo A TODOS um Natal repleto de alegrias, todos os vossos sonhos se concretizem.. se não for neste Natal, que seja nos próximos! 

Hoje não é dia para grandes textos!

Feliz Natal!!! A prenda maior que vos posso dar, é continuar atrás deste teclado!

Um abraço,
JC

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Quem és tu, Zé Gato..?


Meus amigos,

Era o nome de uma série que passava na televisão, acho que agora dá na RTP Memória, já há uns anos valentes, com actores que hoje alguns já faleceram, outros já são avós!

Antes de esta série aparecer, já nós por S. Paio e arredores sabíamos quem era o Zé Gato! Vive num dos Casais que a freguesia tem denominado por Vale das Ermidas (para o ano vou fazer um post sobre os numerosos Casais que existiram na freguesia e que muitos estão completamente destruídos ou outros que estão debaixo de água).


Quem cedo começa, tarde acaba e assim, Zé Gato farto de ver a placa que indica o nome do local onde habita, partida e derrubada no chão, meteu mãos à obra e construiu um novo assento para ela. No entroncamento, situado mesmo em frente ao Talho e Mini-mercado da Graça, lá está de novo a placa, visível, de utilidade pública! 

Não sei se foi a prenda de Natal do Zé Gato para a Freguesia, mas ficou muito bem! 

Já agora, a placa que indica a Gândara de Cima está também toda partida...

Um abraço ao Zé Gato! Ainda volto antes do Natal!

Até já,
JC

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Arquitecturas... ou melhor, arquiteturas!




Meus amigos,

Hoje volto ao blog para vos falar, como prometido, de arquitecturas. Como devem reparar, há alturas em que as notícias não abundam, e no final do ano também é mais complicado para mim dedicar algum tempo à escrita. As ajudas são sempre bem-vindas e há assuntos aos quais nunca dei importância mas que alguém me desperta a curiosidade e faz com que eu me mexa…

Foi o caso deste texto e da última vez que fui a S. Paio, o meu primo Zé comentou comigo que a Virgínia do Chico Bento lhe falou sobre os balcões de pedra que existiam antigamente nas casas e os quais se foram perdendo no tempo!

Dando uma volta por S. Paio facilmente encontramos e reparamos em alguns exemplos desta bela arquitectura. Acredito que antigamente seriam muito mais mas foram dando lugar  ao cimento.

Estes balcões são normalmente construídos em granito. Penso que são uns dignos guardiões de histórias. Por cada um que vi nem imagino as gerações que já passaram por aquelas pedras. Para muitos seria um lugar de eleição para sentar um pouco a descansar ou a apanhar um pouco de sol e trocar algumas palavras com um vizinho ou parente. Acho que elas guardam essa história… outros tempos e gentes!


 
As pedras desses balcões estão gastas e o tempo agrava o seu estado… também a nossa memória vai ficando apagada.

Um abraço,
JC

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Comércio ambulante.. porta-a-porta!



Meus amigos,


Volto ao blog para vos falar, não de um tipo de comércio que ainda hoje há e do qual o ti' Jerónimo Craveiro e depois o Alcides se dedicaram, que era a venda ambulante de terra em terra com uma carrinha que é um autêntico mercado sobre rodas, mas de uma arte e pessoas que são os amoladores. 

 Não sei com que frequência por lá aparecem mas, de vez em quando, lá se começa a ouvir uma flauta de pã de canos ou plástico como apito, chamada em espanhol de chiflo, a qual sopra fazendo soar suas tonalidades consecutivas, de grave a aguda e vice-versa, a anunciar a proximidade do amolador! Também é conhecido pela arte de reparar chapéus de chuva.


Foi o caso de sexta-feira passada, o amolador andou a percorrer as ruas da freguesia para oferecer seus serviços de amolar facas, tesouras e outros instrumentos de corte. Montado na sua bicicleta, já de estilo “montanha” (em substituição das famosas pasteleiras), esta tem montado o esmeril mecânico com uma pedra de amolar. Para a fazer girar, basta para isso colocar a roda traseira da bicicleta sobre o cavalete, meter uma correia  que vai da roda traseira ao esmeril e dar aos pedais. 


Havia, e ainda há, a crença de que o amolador anuncia chuva… e parece que no fim-de-semana choveu qualquer coisa!

Mais uma situação do nosso atento repórter!

Volto com arquitecturas!

Um abraço,
JC

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Trabalhos do campo... os cortiços!

Meus amigos,

Hoje venho ao blog para vos falar de algo que há um mês atrás encontrei lá por casa: um cortiço!

O meu avô Francisco era um amante da apicultura. A maneira como ele tratava as abelhas dava gosto ver. Falava com elas, acarinhava-as, alimentava-as e elas pareciam reconhecer toda essa atenção. Por isso é que quando começaram a aparecer os recordes do Guiness de pessoas cobertas de abelhas, não era nada que me espantava pois já o meu avô deixava que elas subissem pelas mãos e o que era certo é que elas raramente lhe picavam… eu já não tinha tal sorte!

Mas voltando atrás, no Val-de-Açores, o meu avô chegou a ter duas centenas de cortiços… sim, cortiços! As colmeias móveis chegaram muito mais tarde e eu acompanhei muito o trabalho que este tipo de “abrigo” das abelhas dava.

Primeiro era construir o cortiço.  Era preciso arranjar uma cortiça “jeitosinha”, medida certa, o que implicava andar de sobreiro em sobreiro a escolher. O cilindro de cortiça retirado, era fechado lateralmente (por onde se tinha cortado para retirar da árvore) por uns espigões de madeira e as fendas tapadas com barro. Em cima levava uma “roda” de cortiça a servir de tecto, também esta fixa por esses espigões e selada por barro. Por dentro levava uns pauzitos a atravessar o cortiço de um lado ao outro para depois segurar os favos.

Cheguei a ver o meu avô a preparar um cortiço para “apanhar” um enxame! Uma mistura de vinho tinto e mel e como naquele tempo não havia borrifadores, o truque era meter para a boca e depois fazer o efeito borrifador para dentro do cortiço. Aí estava ele preparado para apanhar um enxame.

No alto do Val-de-Açores lembro-me de, no início do calor, ir vigiar os enxames que podiam sair dos cortiços. Hoje as colmeias móveis, facilitam muito a vida ao apicultor. Mais uma alça e já está! No entanto, é sempre necessário fazer a revisão (se há excedente de mel para colheita, se a rainha está a produzir crias, se não há formigas, se não há traças, se existe cera em quantidade suficiente, retirar o mato em volta da colmeia, etc.
Outra coisa que gostava de fazer era sugar o mel directamente do favo …

Um dia destes falo de todos os utensílios que compunham esta actividade…


As fotos que ilustram este texto são algumas minhas (as do cortiço) e outras foram retiradas de um blog que encontrei também com uma história semelhante à minha. Agradeço a disponibilidade de me cederem as fotos. Caso queiram ver o blog em questão, CLIQUEM AQUI!

Um abraço,
JC

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Flagrantes da vida real...



Meus amigos,

Hoje volto ao blog para vos relatar a proeza de um pescador furtivo, ou melhor, diferente…

Uma situação já ocorrida em Agosto, mas para protecção de identidade do pescador só agora é divulgada. E as associações dos amigos dos animais perdidos andam por aí!

Este pescador, conseguiu "pescar" em plena Gandâra, já bem perto da Bralhada um golfinho, espécie que não habita a albufeira da barragem, quanto mais em terrenos de eucaliptos.

Este, pelo jeito veio pelo ar, andava perdido do cardume (que devia andar por algum arraial nas redondezas), e este pescador hábil com a sua roçadora (ou roçadoura?) conseguiu capturar o animal.

Em bom estilo, levou o seu troféu às costas.

Um abraço!
Até breve,
JC

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Revoluções... ventosas!


Meus amigos,
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Prometi que voltava para falar de pesca, mas primeiro volto ao blog para vos falar novamente do Inverno e do tempo que se tem feito sentir nos últimos dias.
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Muitos dizem que já devia ter acontecido uma nova revolução no País, mas a natureza vai-se encarregando disso! Além da chuva, o vento tem sido forte, principalmente na noite da passada sexta-feira para sábado. Nem a própria natureza se livra de alguns estragos como é o caso desta cerejeira.
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Situada no terreno ao lado da casa do Catela, a pobre árvore não resistiu ás fortes rajadas de vento e partiu.
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Outras situações semelhantes ocorreram por terrenos da freguesia mas sem grandes prejuízos materiais… acho eu! Com telhados e coberturas, não sei se houve algum incidente!

A Daniela Guerra enviou as fotos! Muito obrigado!

Um abraço,
JC

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O inverno no campo...



Meus amigos,

Um pouco afastado das tarefas de blogueiro, mas cá estou novamente de volta para vos falar do que de melhor (e por vezes também o que de pior) se vai fazendo e tendo por S. Paio.

As tarefas do campo do principio de Inverno estão a acabar, a vindima foi feita, bagaço também e até a água-pé já foi aberta. O azeite já está nas vasilhas e este ano pelo menos acho que ninguém se pode queixar. A chuva veio na altura certa para assim “engordar” este fruto. Este ano, de uma maneira geral foi um ano de fartura de azeitona. Com rendimentos entre os 12% e os 16%, assim se fez a extracção da preciosa gordura a que chamamos de azeite. Não vos vou falar novamente de como este processo é feito pois já foi abordado em anos anteriores. Poderiam pensar que estava a ficar senil!
 
Os lagares estão a trabalhar a todo o vapor e parece que vamos ter mais um no concelho vizinho, em Arganil, mais precisamente na Relvinha. Também os lagares cada vez mais são sujeitos a fiscalização devido a ser uma actividade muito poluente quando não são cumpridos as regras. E depois, é um mecanismo todo em cadeia. Alguns proprietários recebem alguns subsídios para as oliveiras, mas depois para manter o subsídio têm de apresentar a documentação de como o azeite foi extraído num lagar homologado e devidamente legalizado. O cruzamento de dados pode ser complicado.

A chuva tardou a vir mas pelo menos agora a terra começa a ficar mais leve. Lá na costeira atrás da casa, o terreno ainda não está “empapado”. É assim a vida no campo. As lareiras já fazem jeito acesas pois com a mudança da hora, anoitece mais cedo e o frio cá por fora já obriga as pessoas a procurar o conforto do calor nos seus lares.

Por hoje não vos maço mais. Só um apontamento pelas 80000 visitas que atingimos no blog. Muito obrigado a todos e ao Alex também por nos ter felicitado. Volto com uma curiosidade de quem conseguiu apanhar um golfinho na Gândara! Estes animais são uns malucos….

Um abraço,
JC

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

1º Passeio Equestre - S. Paio


Meus amigos,

Prometi voltar na sexta-feira passada com este assunto mas falhei… como as notas de 500€ falham na carteira!

Vamos lá então: no passado dia 16 de Outubro, enquanto o Zé Manaia festejava o seu aniversário, outro evento tinha lugar em São Paio. Realizou-se o 1º Passeio Equestre. Organizado pelo Sérgio Duarte (o Sérgito!), este evento contou com 9 equinos.

Acompanhados dos seus donos, percorreram os caminhos da freguesia, passando também por São Pedro d’Alva.

Este tipo de animais foi usado unicamente como meio de transporte durante muitos anos. Hoje em dia há uma grande tendência para serem utilizados em actividades de lazer, desporto e até para algumas terapias.

Este passeio terminou com um almoço na Ferrugem!

Por certo, uma actividade a repetir! Obrigado, Diana! Sérgio, és grande! 


Um abraço,
JC

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

NÃO LEMBRAVA AO DIABO...


...ver o pessoal da minha aldeia a varejar azeitona, a apanhá-la dos panais a “rapigar” cada galho, com mais ou menos 30º de temperatura. Com um sol escaldante que faz com que se escolha a melhor hora para ir apanhar azeitona, assim como muitos fazem na praia para não se queimarem em demasia…assim também aqui pela aldeia, anda tudo de mangas arregaçadas a apanhar azeitona.

O mundo está louco, os Deuses devem estar loucos, para que isto aconteça. Ainda recordo que há poucos anos, escolhia-se precisamente a altura de mais sol para se ir apanhar azeitona. Esperava-se que o sol derretesse alguma geada, espalhava-se os panais debaixo da oliveira e assim se começava o trabalho… Que raio se passa para agora ser quase preciso levar chapéu-de-sol para apanhar azeitona?

Como estão a mudar os tempos! Que mal fizemos a este planeta para estarmos a trocar isto tudo? Será que ainda vamos a tempo de mudar isto? Será que ainda vamos a tempo de alterar estas coisas que estão a acontecer? Será que nós próprios queremos? Será que os homens vão acabar por ceder e mudar de atitude?

Não sei dar a resposta a estas perguntas mas sei que a minha aldeia está estranha, as pessoas estão estranhas e o mundo parece-nos cada vez pior, sem capacidade para se renovar. É a crise, é o tempo, são os acontecimentos estranhos que a cada dia que passa mais acontecem. Muito sinceramente, é caso para começar a olhar para tudo isto com imensa preocupação. Não por nós que já pouco tempo cá andaremos, mas pelos outros que ainda agora estão a dar os primeiros passos e por todos os outros que estarão a caminho. Uma coisa vos digo, senão fizermos nada, tudo o que criamos e inventamos, pode entrar em colapso de vez!
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Um texto do Catela para reflectir...! A foto foi tirada no sábado e como podem ver, tempo limpo (e quente) e a azeitona já preta. Tive pena não tirar fotos a quem já andava a apanhar nela. Acho que hoje já começa a ficar mais fresquinho.

Próximo tema: 1º Passeio Equestre! Lá para sexta... 

Abraço,
JC 

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Fim-de-semana na aldeia...

                                          
Meus amigos,

Volto ao blog para falar de mais um fim-de-semana em S. Paio, onde tudo acontece! Não é por falta de movimento que esta terra há-de cair no esquecimento.

Desde apanhar azeitona com 30ºC (sobre isto será o próximo texto…), mais um aniversário nas Ermidas, o 1º passeio equestre da freguesia e as nuvens de poeira da estrada da Abelheira à passagem de camiões “tijoladinhos” de madeira, esta aldeia não pára!

Mas vamos ao princípio…! Chegado a S. Paio já o dia de sábado tinha amanhecido há umas 6 horas atrás, por todo o lado se via pessoal em cima das escadas pelo meio das oliveiras. Os panais estendidos no chão, uns a varejar, outros a rapigar e vi já alguém a erguê-la… A vida no campo não pára! Quem curou as oliveiras há pouco tempo (como é o caso lá de casa), a azeitona ainda está um pouco atrasada.

Sábado pouco mais tem para contar, a não ser para quem foi até Laborins ver a Carla Duarte e os GOMAPE MUSIC!

Domingo, um dia cheio de actividade! Logo pela fresquinha (9h), celebração da Eucaristia e pelo que eu soube, S. Paio vai ficar com este horário. Quinzenalmente, o senhor Padre vem celebrar a Missa (nos outros haverá só celebração da Palavra). A seguir, já havia alguma agitação pelas Ermidas pois o “nosso” Zé “sportinguista” Manaia celebrou 60 anos de idade! Fê-lo no meio de amigos e família e assim se assaram 2 pernis! Eu pessoalmente gostei de ver uma foto do Zé do tempo da tropa, que decorava o seu bolo de aniversário. Parabéns, Manaia! Tens tudo para celebrar outros 60!

Ao mesmo tempo, realizou-se o 1º Encontro Equestre de S. Paio. A este assunto ainda volto esta semana.

Como estão a ver, na aldeia, monotonia é uma cena que não lhe assiste!

Até breve,
JC

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Vandalismo nas Ermidas...



Meus amigos,

Hoje venho ao blog para vos mostrar algo que já não é inédito pelas nossas bandas, mas é a primeira vez que vejo neste local...

O arraial das Ermidas foi vandalizado... por javalis! Não sei quantos foram, nem sei se as câmaras de segurança (?!) captaram alguma coisa. Ficou só um rasto de "patadas" e focinhos gravados na terra. 


O alvo preferencial destes animais foi a relva, talvez devido a esta estar molhada e fresca, fruto da rega automática... Sim, pelo tempo que tem feito, não era com toda a certeza da chuva!


Mais uma vez, e à semelhança do que acontece nos campos de milho, não é o que o animal come, mas o que estraga. E está à vista o trabalhinho que ele fez...

O jardineiro tem ali trabalho para fazer e a sorte é que a época da chuva vem aí (será?) o que poderá facilitar o trabalho de recuperação do relvado! 

Obrigado repórter, que andas atento!

Um abraço,
JC

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A MINHA ALDEIA...


A noite tinha chegado de mansinho à minha aldeia e a prova disso, é que as lâmpadas da iluminação pública estavam a começar a acender. Uma aqui, outra ali, uma de cor branca, outra, topo de gama de cor alaranjada e que dizem, consome menos energia e que é obrigatório por lei serem colocadas em substituição das mais antigas. O certo é que a minha aldeia, com estas lâmpadas, parece que está a preparar-se para a chegada do Pai Natal e fica linda. Quase nem me apetece meter uma cunha, “porque isto de EDP, ou outra empresa pública” só com cunhas é que se lá vai.

Mas isto tudo para dizer, que do jardim de minha casa, a aldeia parece um presépio, apesar de eu saber que os figurantes não são os mesmos e estão em muito menor número. Se quisermos mesmo ver, os efeitos da chamada crise do FMI, temos que visitar uma aldeia destas. A crise tornou estas aldeias desertas, as pessoas ficam por casa à espera de um novo dia e que uma nova esperança renasça em cada sono dormido.

Senão fosse a labuta que vai começar perto das seis da manhã, que vai levar as pessoas para os campos para aquela agricultura de subsistência, esta aldeia, bem que parecia as antigas cidades do Oeste Americano, quando as minas de ouro se esgotavam e tudo se mudava para outros locais, atrás do “bendito metal precioso”. Mas aqui não é a América e ainda tudo se preocupa com as batatas, mesmo que depois elas fiquem cheias de borboleta, aqui ainda se preocupam com as videiras, porque estão carregadas de cachos e podem estragar-se com o vento e as chuvas, aqui ainda se preocupam com as oliveiras que irão dar mais ou menos azeite, aqui ainda se preocupam com os pássaros que andam a dar cabo das cerejas e de outros frutos.

A minha aldeia está perdida pelo envelhecimento, pelas crianças que deixaram de nos mostrar o seu sorriso, pelo abandono em busca de melhor vida que está a acontecer a todo e qualquer jovem que aqui nasceu, inclusive, por aqueles que foram estudar para as Universidades e que não pensam em voltar, mas que, vão aproveitando e vão dizendo aos papás, para não deixarem morrer as nossas aldeias. Depois de pensar mais um bocado neste dia, em que me apeteceu pisar a relva do suor de uma vida ainda por viver, acabei por descobrir, que afinal isto não é assim tão interior, ou então é o mar, que ao contrário do que dizem se está a afastar.

Na minha aldeia, a gente de fibra está a desaparecer com a idade alcançada, que faz perder essa atitude a uns tantos e amolece outros e eu, vejo esse tempo que agora é deles a aproximar-se tão depressa e, sem nada poder fazer, enfio-me na casa, procuro o meu canto onde vou escrevendo o que sinto… simplesmente esperando e acreditando que a minha aldeia, um dia, possa voltar a renascer para a vida.
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AC

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Recordar é viver...

Meus amigos,
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Depois de algum tempo de repouso, voltamos a pegar nesta saga… talvez seja das sagas que mais gozo me dão pois fico com um turbilhão de memórias a surgirem na minha cabeça.

Esta foto é mais uma dessas memórias perdidas no tempo. Com o Outono a começar, vamos recordar o verão (embora o tempo ainda continue quente!!).

Vamos recuar até 1999! A juventude de S. Paio estava nos seus anos d’ouro.  A geração do Luís Mendes, Paulo Casimiro, Américo Craveiro e Ferreira, Artur, Carlos Baltazar, Miguel,  Zé, Paula, Zélia, etc, etc avançava na idade, a minha estava agora à volta dos 25 anos e era a vez de um outro grupo do Zé Alberto, Gilberto, Zé Luís, Tuxa, Jorge Baltazar, Daniel, Sandrina, etc., etc., se juntarem e viverem a adolescência deles e partilharem-na.

Tardes de verão memoráveis no areal do Barreiro! Infelizmente alguns já não se encontram entre nós, mas nunca serão esquecidos.

O Gilberto tinha esta preciosidade no seu álbum de recordações! Obrigado pela partilha, via Zé!

Um abraço,
JC

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

NOVO PÁROCO - Padre Manuel de Oliveira Simões

Texto retirado deste SITE.
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."Em cerimónia integrada na Eucaristia celebrada na Matriz de São Pedro de Alva, no pas sado Domingo, dia 18 de Setembro, o Padre Manuel de Oliveira Simões assumiu a paroquialidade de São Pedro de Alva, São Paio do Mondego, São Martinho da Cortiça, Paradela da Cortiça e Travanca do Mondego.

A apresentação do novo pároco a estas comunidades foi conferida pelo Vigário Episcopal para a Região Pastoral Centro, Cónego Sertório Martins, durante a Eucaristia presidida pelo novo pároco e concelebrada pelo cónego Sertório, Padre Luís Ribeiro, Padre Luís Miranda, Padre Jacinto Gonçalves e Padre Luís Francisco, e participada por muitos fiéis das paróquias.

Com uma “fraterna saudação” a todos os cristãos, representantes autárquicos e das forças vivas das diferentes freguesias, o Vigário Episcopal, numa sucinta apresentação do Padre Simões, sublinhou o seu trabalho pastoral noutras paróquias e em movimentos apostólicos, afirmando que “ele deixou-se deslumbrar por Deus que o chamou a ser padre” e que, dessa chamada, “se entregou generosa e incondicionalmente ao serviço da Palavra, da justiça e amor a Deus”. E acrescentou: “o Padre Simões não vem em nome pessoal, não fez concurso; ele vem enviado pelo Bispo de Coimbra em nome do Senhor”, vincando que “vem como um pastor que conduz o rebanho e procura a ovelha perdida”. “Com a sua generosidade, dedicação e amor a Deus, o Padre Simões vai ajudar estas comunidades a crescer na fé”, disse o Cónego Sertório, lembrando que “é dever dos fiéis colaborarem com o seu pastor na vida eclesial da paróquia e contribuírem para a sua sustentação”.

Na homilia, o Padre Simões frisou: “(…) É em nome de Jesus Cristo , o único Salvador, que aqui me encontro no meio de vós, disponível para colaborar com Ele, no serviço alegre e humilde que sou chamado a realizar em vosso favor, pois também eu fui convocado para trabalhar na vinha do Senhor.” E ensinou: “a partir da fé, recebemos como missão, por um lado, escutar e acolher a voz e a pessoa de Cristo, o Verbo de Deus, e por outro, a missão de O anunciar aos quatro ventos, enquanto Palavra que orienta e salva”. “ (…) Mostrando-se entusiasmado com esta nova missão, o Padre Manuel finalizou: “animado pela graça que resulta deste chamamento e porque o Bispo me chamou e me envia, eis-me no meio de vós para convosco trabalhar na vinha do Senhor; conto com todos vós na certeza de que Ele nos dará muito mais do que o do salário de justiça”.

Diferentes representantes das paróquias saudaram o novo pároco, desejando-lhe “um bom trabalho em prol das comunidades cristãs”. No final, o novo Pároco, o Vigário Episcopal, os Padres concelebrantes e elementos dos Conselhos Económicos e paroquianos assinaram a acta da “tomada de posse”, seguindo-se os cumprimentos e um momento de convívio."
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Também a Irmandade de São Paio esteve presente e participou na procissão e cerimónia de recepção do novo Pároco. Obrigado, Diana!
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Ontem foi dia de celebração de Missa em São Paio para de uma forma mais pessoal e íntima, a nossa aldeia, dar as boas vindas ao Senhor Padre!
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Um abraço,
JC

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Tradições Populares – Descamisada à moda antiga


Meus amigos, 

Sábado, dia 17 de Setembro pelas 21 horas realizou-se uma descamisada no adro da Igreja Matriz de S. Paio de Mondego. 

As descamisadas, ainda se vão fazendo (felizmente...!) em algumas casas da nossa aldeia mas, começa a ser coisa que se está a perder no tempo. É mais uma tradição a desaparecer!

Só que desta vez, a descamisada foi organizada pelo Rancho Folclórico de S. Pedro de Alva e em pleno adro da Igreja. Acabamos por assistir a uma verdadeira peça de teatro, onde se notou o jeito vincado de alguns dos intervenientes para a coisa… muito giro, pareciam profissionais e eram, mas, de outras profissões.

Ao desfilarem pelas ruas com as cestas, os candeeiros a petróleo, e outras ferramentas, ouvia-se já no adro o som das vozes bem alegres. Já no local, os donos da eira (ou seja o adro) fizeram os convites a algumas famílias vizinhas para ajudar na descamisada, (tudo ensaiado pela malta do rancho) e assim começou o trabalho. 

Após alguns copos de jeropiga, outros de cachaça, uns figos secos e algumas cantorias dos velhos tempos ao toque da gaita-de-beiços, as espigas foram aparecendo em grande número (o Carlos Duarte aproveitou para trazer o milho todo que tinha em casa) e de vez em quando aparecia a espiga vermelha, (milho rei) que dava direito a quem a tinha encontrado de dar um abracinho, às raparigas e rapazes novos. Depois de descamisado os donos da eira tiveram que contratar homens para trabalhar com o “mangual” a quem os Espanhóis em tempos chamavam, (um pau que espicha de outro) para malharem o milho e a mulheres para o crivarem, erguerem ao vento, medirem para o meio alqueire e por fim ensacarem em sacos de serapilheira.

De seguida, e terminada que foi a festa, que como disse atrás mais parecia uma peça de teatro, os elementos do rancho aproveitaram para dançar algumas modas do seu reportório chamando a população em geral (e digo-vos que eram muitos), dançando ao som do violino, acordeões, violas, bandolins, bombos e ferrinhos.

Para terminar a festa em beleza, toda a gente se juntou para comer chouriça assada com broa e filhoses com mel, (diga-se bastante mel), confeccionados no local. A boa pinga também andou por ali de mão em mão e mais não posso dizer. Dizem as más-línguas, (porque eu já não presenciei) que a coisa foi pela noite dentro, dado que os tocadores se juntaram no fim e muitos não arredaram pé até o cansaço chegar e o reportório acabar.

Foi uma noite diferente em S. Paio do Mondego, a recordar coisas de outros tempos, tentando manter as tradições que a pouco e pouco se vão desapegando de nós.

Bem-haja Rancho Folclórico de S. Pedro de Alva e parabéns a este povo, que aderiu em massa à iniciativa!

PODEM VER MAIS FOTOS AQUI!

É só uma pequena amostra pois quem é "amigo" do Rancho Folclórico São-Pedro Alva no FaceBook, pode ver 155 fotos com os preparativos e a noite!
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A Cristina fotografou, o Catela escreveu e eu dei uns retoques!

Um abraço,
JC

terça-feira, 20 de setembro de 2011

ERMIDAS 2011 - AS FOTOS... a terceira amostra!!!

Meus amigos,
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cá vamos nós para mais uma série de fotos da Festa das Ermidas. A terceira amostra é um apanhado do que foram as noites no arraial das Ermidas, desde quarta até terça.
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A noite é mais propícia a fotos engraçadas, onde as pessoas se desinibem mais (há quem chame de álcool mas é uma pura coincidência!), sorriem mais… A alegria foi uma constante ao longo destes 7 dias!
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Já passou cerca de 1 e ½ mês mas parece que foi ontem… é tudo a correr! A seguir já vem aí fotos da descamisada em S. Paio e da tomada de posse do novo Padre.
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Tudo passa a correr…!
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aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah... chegamos ao post número 500!
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Um abraço,
JC

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

11 de Setembro... esse dia memorável!

Meus amigos,

Hoje venho falar do dia 11 de Setembro, esse dia que ficou gravado na memória do mundo, pelo menos desde 2001, quando ocorreu o maior ataque terrorista da história, que levou à destruição das torres gémeas em Nova Iorque e à morte de cerca 3000 pessoas!

Em São Paio, habita uma pessoa que nasceu nesse dia em 1961! Não derrubou as torres gémeas, mas conquistou o coração de uma não tão pouco baixa moçoila de S. Paio, a Fernanda Catela. Não deu origem à guerra contra o terrorismo, mas já começou muitas batalhas, lutas e afins. Ao longo do último quarteirão de anos tem defendido os interesses da povoação à frente da Junta de Freguesia, estando a cessar tal função...  Ora, o Catela celebrou meio século de existência, motivo mais do que suficiente para, ao seu melhor estilo, convidar todos quantos se quiseram juntar a ele num almoço / lanche / jantar convívio no arraial das Ermidas. Eu próprio, em final de férias, apontei o GPS para mais uma ida a S. Paio para poder fazer esta crónica na primeira pessoa (só por isso… o almoço não interessava nada!).

Quem tem uma família e amigos assim pouco mais do que orquestrar tem de fazer (e depois largar as notas para pagar a despesa…), e assim se montou um almoço, com as mesas dispostas em frente ao bar pois o dia convidava a estar ao ar livre. Presunto, pão, queijo, vinho, martini’s e afins abriram a festa para um churrasco acompanhado de arroz de feijão (Alfredo, não perdes o dom…), bem regado (ouvi dizer…) com vinho, águas, sumos, etc… Um sistema de self-service que funcionou na perfeição e sempre alguém a fazer depois o reforço no prato do pessoal já sentado. Parecia um casamento à moda antiga! Não faltou nada, café de cafeteira, digestivos comerciais e caseiros… um luxo!

Momento para ver uma apresentação que retratou em fotografias os 50 anos do nosso amigo. Uma surpresa preparada pelas filhas. Estas fotos são sempre engraçadas…

Depois já com o karaoke a desenrolar, foi o momento quanto a mim, mais alto da festa. Nem sabia se havia de tirar fotos ou de chamar o INEM tal era o estado emocional do aniversariante. Este homem completou mais um ciclo da sua vida. Dizem que cada um devia plantar uma árvore, fazer um filho e escrever um livro. Plantar árvores já ele fez há muito, filhos acho que ninguém coloca em dúvida a capacidade deste homem pelas 2 filhas que tem em casa e neste domingo completou a última etapa que foi a de escrever um livro. Mesmo sem saber, e aí é que foi a surpresa total, trazido pela mão da família da Lousã, tendo (acho eu) como um dos principais responsáveis o afilhado Tiago Catela, foi-lhe oferecido um exemplar de um livro que compila textos escritos ao longo de alguns anos no seu blog TUDO NUM MOMENTO.

Eu sinceramente vi o Tó Mané quase a “chocar” um enfarte, tal era o nível de emoções à flor da pele. Chorou (de felicidade), sorriu, sorriu muito e discursou…! Esse discurso podem VER AQUI! Vi felicidade na cara dele como há muito não via, não só por este momento mas pelo dia, pela família, pelos amigos, pela festa que ali se fez…

Parabéns cantados já com o apoio do karaoke Liliana e Azevedo que se desenrolou pela tarde fora, bolo cortado (a cor do bolo era linda… e as palavras escritas na decoração que descreviam o nosso amigo eram do melhor…).

Já passava da meia noite quando se deu por finalizada a festa e ficou a promessa que, embora nunca mais fizesse uma festa assim, que não deixaria de fazer anos… E nós cá estaremos para ver e festejar, se Deus quiser!

Não vou endereçar-lhe os parabéns, simplesmente enviar-lhe mais um abraço!



Até já,
JC

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Tradicional Descamisada do Milho - S. Paio

Meus amigos,

aí está a agenda cultural de S. Paio a mexer e é já no próximo sábado, dia 17 de Setembro pelas 21h (aquela hora que ninguém desconfia...) que o Rancho Folclórico da Casa do Povo de São Pedro de Alva vai trazer uma tradicional descamisada.

O local escolhido não podia ser melhor e assim se vão juntar no Adro da Igreja Matriz!

Venham reviver tempos antigos que convém não esquecer... nunca sabemos o dia de amanhã e o saber não ocupa lugar!

Um abraço,
JC

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Reentré...! Cá está ela....

Meus amigos,

Cá estamos de novo! Estamos naquele mês que todos se lembram de fazer reuniões gerais, assembleias, voltar ao trabalho depois de mais umas férias de verão (que para o ano “virão” mais… logo na arrancada não querem que eu escreva piadas originais, pois não?), temos aí os campeonatos de futebol e os jogos europeus (que enchem páginas e páginas deste blog!), acho que só a senhora dona crise é que não foi de férias e continua por aí a assombrar os lares portugueses… mas logo se há-de ver o que acontece.

A vindima está feita (alguns eu sei que ainda não…), as festas acabaram, os emigrantes foram embora… ano após ano pareço uma andorinha e o balanço é sempre o mesmo.

Nesta entrada da nova época também quero dizer que vamos ver se é este ano que eu lavo a cara do blog. É algo que me anda a roer por dentro (mas não dá resultado pois continuo com 90kg…). Vamos ver se é desta… O estilo, esse vai manter-se… sempre na minha, sem grandes agitações, nem enredos, afinal já há telenovelas que cheguem nos canais portugueses. E eu sou sempre um actor secundário… ás vezes querem que eu assuma o principal, mas não tenho jeito para isso! E sou feio..

Temas assim já de seguida, ainda tenho as fotos mais interessantes para vos mostrar da Festa das Ermidas, temos uma descamisada à moda antiga já no sábado (anda no Facebook, mas amanhã coloco aqui…), o mercado imobiliário em S. Paio e o acontecimento da semana, o dia 11 de Setembro! Em S. Paio também foi um dia marcante…

De resto, vamos dar gás ao teclado e mostrar a todos que S. Paio continua vivo.

Um até já, já… obrigado por estarem desse lado!
JC