Engenhos e engenhocas….

Meus amigos,

Estamos em plena Semana Santa. Ontem foi Domingo de Ramos… não sei se a tradição ainda se mantém, mas lembro-me em anos haver pessoal que não levava um ramo à missa para ser benzido, mas levava quase um loureiro adulto, que nem sequer passava na porta da Igreja.

Se não estou em erro, houve um ano que o falecido Tóino Russo juntamente com outros levava um ramo que teve de entrar deitado para dentro da Igreja. O meu avô Francisco, também uma vez foi ao Val-de-Açores buscar umas ramadas de louro que depois juntou com alecrim e levou um ramo que tinha bem mais que meio metro além da altura dele (se bem que o meu avô não fosse muito alto!)…

Com esta criatividade que sempre caracterizou a nossa gente, não admira que por vezes se encontre alguns engenhos e engenhocas.

Ora, é o que acontece ao pé de minha casa, o João Mateus, a fim de manter a passarada e outros animais afastados da sua jovem vinha, lá tem um moinho de vento que vai fazendo um batuque ritmado, assim como meia dúzia de “tarecos” pendurados que vão chocalhando ao sabor do vento.

Se resulta ou não, só ele vos poderá dizer! Mas que faz barulho, faz! Se a vibração do som provoca um sabor diferente no vinho, também não sei…

Como em tudo na vida, o que é preciso é ter ideias!

Um grande bem-haja! Um abraço ao Mateus!
JC