segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Natal, essa época de sentimentos...

Meus amigos,

Com o Natal passado e em tempo de pousio dos excessos sempre cometidos nesta época pois o Ano Novo vem aí, eu hoje vou falhar como as notas de 500 euros falharam na minha árvore de Natal deste ano… num post anterior disse que voltaria com uma rubrica “trabalhos do campo…”, mas suponho que tal já só vai acontecer para 2010!

Sendo assim, venho hoje falar-vos sobre o Natal. O Natal foi sempre uma época da qual gostava e gosto de passar na aldeia. Há uma certa mística entre a humidade que se faz sentir no ar próprio de uma época de chuva, o fumo e cheiro da lenha queimada que saem das chaminés das lareiras e o frio. Estes três factores conjugados, para mim, são um dos mais belos postais reais que me podem oferecer!

O Natal na aldeia tem outro sabor! Acreditem que tem…! Este ano, como devem ter reparado, não houve o tradicional cepo de Natal na noite de 24 para 25. Uma série de coincidências não tornou tal possível. Não que a tradição tenha acabado, mas assim também se dá o valor a certas coisas que aos olhos de alguns, são coisas banais… mas não o são! Na noite de Natal, sempre fui habituado a fazer a refeição do jantar / ceia em família. Já no Val-das-Casas era assim… Depois começavam os mais velhos a abeirarem-se do “vale das mantas” e eu, por norma, pegava em qualquer coisa de bebida e vinha até ao povo. Normalmente o Café Craveiro estava aberto. Bebiam-se uns copos e perto da meia-noite íamos subindo em direcção ao adro… Estava na hora de repenicar o sino!!! Seguidamente, os cepos eram o destino!! E muitas vezes fui para casa com a luz do dia. Era dormir umas horas (poucas…) e rumar à missa! Era quase um ritual… ano após ano! Hoje, já não me lembro do último ano que passei o Natal em S. Paio. Provavelmente foi no ano 2000. Houve anos que cheguei a ficar com geada no cabelo, por isso vejam aos anos que isso foi!!!

Outra coisa que sempre gostei de ver nesta época era o presépio que faziam na Igreja de S. Paio! Lindo, com muitas figuras, musgo natural… Lindo!

Este ano, a tradição manteve-se e a grande responsável por tal foi a Ilda “do ti’ Zé Neves”. Ora, um grande bem-haja para ela! Ficam aqui algumas fotos!

Por hoje me despeço, não até para o ano, pois ainda terei tempo para fazer um resumo anual e talvez, quem sabe, um flagrante!

Um abraço,
JC
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2 comentários:

Catela disse...

A força, o querer e a vontade das pessoas, vão mantendo as tradições de pé. Até quando? É a pergunta que me faço todos os dias.
Que continuem a ter umas óptimas festas, sem nunca ousarem esquecer os que não as podem ter. Lembrem-se, tudo começa do "nada" e ao "nada" voltaremos por mais que a vida nos seja mais ou menos ingrata.

vitor Baltazar disse...

as tradições cada vex mais tem de ser preservadas pois têm vindo a desaparecer a uma velocidade aterradora...mas felizmente são paio ainda as vai tentando manter no nosso dia a dia. abraço