segunda-feira, 11 de maio de 2009

A Ribeira da Bogueira…

Meus amigos,

Estamos em pleno Maio, um mês sempre complicado para mim do ponto de vista laboral pois é aquele “mês-maravilha” em que os meus patrões “lá da França” mandam cá alguém para controlar o que o departamento onde trabalho fez durante o último ano... isto não vos interessa nada, mas justifica um pouco a minha ausência aqui da escrita.

Peço-vos desculpa por tal facto mas com boa vontade tudo se arranja. Hoje trago para o blog mais um daqueles lugares de S. Paio onde se fez história e já houve vida, mas que hoje, basicamente se resume a uma estrada de passagem para alguns proprietários e para os amantes de TT.

Falo-vos da Ribeira da Bogueira (para quem não sabe onde fica, ver aqui), hoje um vale cheio de água da barragem e com algumas ruínas, mas antigamente eram “chães” de cultivo. Alguns deles pertencentes à minha família, assim como a casa da qual hoje ainda sobram as paredes, servia de curral do gado dos meus avós maternos quando os mesmos ainda habitavam um pouco mais acima, no Vale-de-Açores.

Lembro-me de quando era puto, a minha avó ir para lá guardar o gado e o meu avô entretinha-se comigo a tentar apanhar umas bogas. Um pouco de fio num pau e um anzol com uma minhoca que se tinha levado do estrume do curral do gado, dentro de uma caixita de fósforos. E por ali se passavam as tardes… Mais tarde, ainda me lembro de ir para lá pescar mais alguma malta, mas aí já se investia a sério: era canas de fibra, carretos XPTO, camaroeiros, o belo do engodo, etc… basicamente, para mim, o resultado era o mesmo do que quando ia com o meu avô e o pauzito com a linha e anzol, ou seja, nenhum!

Eu sinceramente, tenho de ir escrevendo estas memórias pois daqui a uns anos sou capaz de começar a fazer faísca com o Tico e o Teco. A minha mãe tem muitas histórias aqui passadas com os irmãos. Lembro-me de ela contar que a minha avó antes de sair com o gado, “tirava” o leite. Deixava-o num cântaro de barro com uma pedra por cima na casita e depois a minha mãe ou os irmãos iam-no lá buscar. Certo dia, quando iam para pegar no cântaro, estava uma cobra enrolada à volta do mesmo. Estamos no campo, não é…? Estes bichos fazem parte…

Enfim, a Ribeira da Bogueira, para quem nunca a conheceu de outra forma, ou seja, cheia de água, talvez seja difícil de imaginar estes terrenos cultivados, mas os sinais ainda lá estão.

Ficam a saber um pouco mais sobre a Bogueira!

Volto depois de amanhã!

Beijos e abraços,
JC









3 comentários:

Catela disse...

Da maneira que o mundo vai, espero que não voltemos a reconhecer esses terrenos como terrenos de amanho.
As coisas não estão a correr bem, acima de tudo, porque mais um ciclo se está a encerrar e o homem não foi capaz de perceber o que podia fazer para mudar o que estava errado. Um abraço.

Anónimo disse...

a donde é que é isto ?

kordeiro disse...

caro anónimo, tem um link para o wikimapia, que reduzindo a imagem consegue localizar perfeitamente. Basicamente, é a passagem do lado da estrada do tunel para S. Paio, passando-se depois ou pelo Val-de-Açores ou pelo cimo do Vale-de-Açores...