terça-feira, 30 de setembro de 2008

Regresso às aulas...

O Verão já acabou. Assentou a poeira das festas e romarias. Já entrou Outono a passos largos. A maioria das pessoas terminou as suas férias e regressou às suas actividades do dia a dia.

Começa a época das vindimas, os dias vão diminuindo e as noites aumentando, o frio e a chuva começam a bater à porta. Imagens como a da foto, se calhar, só para o ano.
É o retomar da azáfama.

Para milhares de crianças e jovens é o regresso às aulas.
A publicidade faz o seu papel ao tentar vendar o maior número possível de artigos escolares, uns mais necessários do que outros. Estica-se o orçamento familiar a fim de fazer face a mais estas despesas.

Estamos numa época de consumismo que na maior parte das vezes nos é impingido.
Será que foi sempre assim? A cada novo ano escolar será necessário correr aos hipermercados, livrarias, quiosques, etc, e adquirir material novo?

Deixo-vos com um texto com cerca de 40 anos, onde algumas diferenças são notáveis em comparação com estes nossos dias. Não se trata de saudosismo mas apenas de um refrescar da memória.

Era a época em que os alunos do então chamado ensino primário tinham de saber, por exemplo, calcular uma área, um volume, os nomes dos rios e oceanos, cidades, países e continentes e outras coisas mais, cujo valor académico poderemos questionar e comparar com os métodos actuais de ensino.

Era melhor? Era pior?
Deixem as vossas opiniões e comentários.

***

Texto do livro de leitura para a 4ª classe do ensino primário (1968)
- Obras de Tomás de Barros e José Lobo

No começo das aulas

Este ano frequento a 4ª classe. No primeiro dia de aulas, ao ver-nos reunidos outra vez na escola, o sr. professor dirigiu-nos as seguintes palavras:

- "- Dou-vos as boas vindas, meus rapazes, ao iniciarmos este novo ano escolar.
Espero que todos venhais cheios de boa-vontade para vos instruirdes e educardes, pois sem educação e instrução não podereis ser felizes, nem ser úteis à Pátria e aos nossos semelhantes.

Aqui dentro, prestai toda a atenção às lições, que, dessa forma, vos parecerão fáceis e agradáveis.

Sede bem-educados, respeitadores e disciplinados, e mostrai sempre que tendes brio e bons sentimentos.

Dentro da escola, aproveitai bem o tempo, trabalhando com cuidado.

É durante o recreio que deveis dar expansão à vossa alegria. Eu ficarei muito satisfeito por ver que sois alegres e que sabeis brincar.

Mas, durante as aulas, deveis estar com respeito e atenção, para eu nada ter que vos censurar. E, desta maneira, todos nos sentiremos contentes, por sabermos cumprir o nosso dever."

Quando o nosso professor acabou de falar, nós olhámos uns para os outros, como se prometêssemos que não esqueceríamos os seus bons conselhos.

João Ilharco (adaptação).
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* texto enviado por António Costa e foto de kordeiro

sábado, 27 de setembro de 2008

DIA MUNDIAL DO CORAÇÃO 2008

Sabe qual é o seu risco?

As doenças cardíacas e o AVC são as principais causas de morte em todo o mundo. As boas noticias são que pode reduzir o seu factor de risco introduzindo algumas mudanças no seu estilo de vida e/ou na sua medicação.
Vá hoje mesmo ao seu médico de família e faça um check-up, saiba qual o seu nível de risco e tenha um coração para toda a vida.
Aceite ainda o nosso convite e participe nas actividades do Dia Mundial do Coração, descubra o prazer duma vida saudável e sem stress.
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Fundação Portuguesa de Cardiologia.
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* Enviado por Carlos Duarte

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Sinais do tempo…

Caros amigos,

Hoje trago um assunto para o blog que é efectivamente um sinal do tempo que vivemos… se eu estivesse a escrever estas linhas há 15 anos atrás, quando ainda conseguia fazer 3 meses de férias no verão, certamente que este assunto nem sequer me passava pela cabeça.

Hoje em dia, resultado de um envelhecimento da população, do desaparecimento de alguns, da procura de outros meios para se governar vida por parte dos jovens, e de tantos outros motivos que só cada um sabe, observa-se a venda de algumas casas em São Paio.

Se para algumas existiram compradores, outras permanecem com uma placa de “VENDE-SE” pendurada nas suas paredes.

Sempre fomos gente hospitaleira, sabemos acolher, sabemos conviver e por isso quem um dia ocupar estas casas, não terá dificuldade na adaptação…

Enfim, sinais do tempo!

Um abraço,
JC
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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Meteorologia - Método da pedra – infalível!!!

Meus caros amigos,

Se alguém tem dúvidas de que S. Paio acompanha a vanguarda da tecnologia, é quase caso para dizer "que atire a primeira pedra"!!!

Quase todas as pessoas de S. Paio se dedicam à agricultura. Em grande escala ou pequena, o que é certo é que todos pelo menos têm uma horta ou jardim. Uma das questões fundamentais nestas "andanças da agrícola" é a meteorologia (não estivéssemos em época de vindimas e a espreitar o S. Pedro…)!

Para minimizar este problema e em plena sintonia com as necessidades da freguesia, está em estudo (hoje em dia para tudo é preciso um estudo e várias reuniões!) a colocação de uma estação meteorológica para servir a povoação. Está a ser estudado o impacto ambiental que poderá ter uma estrutura destas, escolha do melhor local para funcionamento em pleno do equipamento, etc…

Fica aqui uma foto de uma estação já em funcionamento em outra freguesia de Portugal. Ampliem e conseguem ver perfeitamente como funciona!

Um abraço,
JC

* foto enviada por Diana Duarte
- Qualquer semelhança com a realidade, é pura coincidência!-
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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Morreu o Ti' Zé Baptista...

Meus amigos,

Ultimamente qualquer semelhança entre este blog e a página de necrologia de qualquer jornal diário, é pura coincidência!

Se por um lado, houve anos em que o cemitério de São Paio não dava trabalho ao coveiro, o certo é que num pequeno período de tempo, a freguesia vê desaparecer duas pedras basilares da terra.

Pois é, faleceu o Ti’ Zé Baptista! Mais uma personalidade da “velha guarda”, da minha adolescência, de memórias que agora percorrem a minha mente em turbilhão.

Uma vida sofrida, dividida entre o trabalho na Estrela d’Alva e o campo, alguns dissabores como deve ser a perda de 2 filhos. Quem não se lembra do Jaime “da cadeira de rodas” ou da Maria?

Muitas tardes, passei no Cruzeiro na companhia do Jaime. Aparecia por volta das 15-16 horas, lá ia o Ti’ Zé a empurrar a cadeira.

O Ti’ Zé tinha completado 90 anos de idade em Agosto último.

O funeral será realizado amanhã, dia 25.

A nossa aldeia, pouco a pouco vai perdendo a população, ficando sempre a esperança que alguns regressem ás suas origens ou que a taxa de natalidade suba.

O blog de S. Paio de Mondego, entendeu deixar aqui esta homenagem, e no fundo, apresentar as nossas condolências aos filhos João, Ilda e Rosa e a todos os familiares.

Um abraço,
JC

domingo, 21 de setembro de 2008

4L portuguesa, a mascote dos ralis!!!

Caros amigos,

Assim, logo para começar este regresso de férias, aqui fica mais um artigo publicado no jornal “A Bola”, elaborado pela “nossa” Andreia Costa, que assim bate um novo record que já lhe pertencia, do post mais longo neste blog!

Parabéns Andreia! E felicidades na tua “ainda pequena” carreira de jornalista!
Ficaremos a aguardar novos artigos!

Abraço,
JC
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Quando Carlos Sainz era rei nas pistas de rali, havia um piloto português que, a pouco e pouco, foi também marcando o seu território. António Pinto dos Santos não corria sob a insígnia de grandes marcas, não subia ao pódio mas ficou conhecido por correr ao volante de uma Renault 4L. Apesar da sua posição ser, indiscutivelmente, na retaguarda da corrida, tinha lugar entre os grandes. A mítica 4L, essa, depressa virou mascote das provas por onde passava.
Os primeiros troços percorridos foram os do rali de Portugal, na edição de 1992. A participação foi também em jeito de homenagem ao próprio veículo. «Em 92 celebravam-se os 30 anos do ‘nascimento’ da 4L. Pareceu-me justo provar que era um excelente carro, dos melhores que a Renault fez», afirma Pinto dos Santos.

O início da aventura
A ideia surgiu da cabeça do próprio António Pinto dos Santos, engenheiro civil ao serviço da Câmara Municipal de Arganil, que tinha como carro de serviço uma Renault 4L, com a qual percorreu cerca de 300 mil quilómetros. «Ora se eu fiz tantos quilómetros, muitas vezes por estradas florestais, comecei a perguntar-me se aquele carro não seria capaz de fazer um rali. Juntei essa ideia ao gosto por carros que já tinha desde pequeno e resolvi, um dia, cronometrar um troço. Fi-lo sem problemas e dentro do tempo.» Foi então que pensou: «Porque não arriscar e fazer todo o rali de Portugal?» Nesse dia estavam lançados os dados para o começo de uma grande aventura.
A primeira participação aconteceu no rali de Portugal de 1992, ao volante de uma 4L adquirida pelo próprio. Nos cinco anos seguintes passou por diversas provas, desta vez ao volante de um Fiat Cinquecento. Aos ralis só voltou em 1997, quando adquiriu propositadamente para as provas uma segunda 4L. Comprada em segunda mão por 160 contos, na altura, já tinha cerca de 150 mil quilómetros percorridos. Apoiado pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento regional) – que contribuiu com 1000 contos através do programa de recuperação das aldeias históricas de Portugal –, corria com as cores do xisto, representando o Piódão. 2/3 do orçamento de cada prova eram sustentados pela Galp e pela Renault Portuguesa, o restante angariado pelo próprio piloto.

Em terreno nacional…
Em terreno nacional o navegador era o irmão do piloto, José Pinto dos Santos. Já lá fora, quem o acompanhava era Nuno Rodrigues da Silva – que já havia sido navegador vencedor do rali de Portugal em 1996, ao lado de Rui Madeira.
Nos ralis de Portugal as peripécias foram muitas. O entusiasmo gerado à volta do carro era tanto que nem a polícia fugia à regra. «Eles sabiam que nós tínhamos dificuldade em cumprir o percurso e ofereciam-se muitas vezes para nos escoltar.» Foi o que aconteceu logo na primeira participação, em 1992: «Ali perto da Casa Pia havia um engarrafamento monstro e quem nos safou foi um GNR. Ouvi-o transmitir para o rádio “já cá tenho a 4L” e então mandou-me segui-lo, foi de pé em cima da mota e ainda obrigou uma senhora a galgar o passeio, que não queria de forma nenhuma por estar a infringir a lei.» E lá seguiram até ao Estoril com o apoio da polícia e acompanhados por olhares curiosos que já começavam a surgir.
Em 1997 um tombo inesperado geraria grande alvoroço no seio do público. «Os primeiros carros vão cavando trilhos e nós, como éramos os últimos a passar, mesmo que tirássemos as mãos do volante, o carro ia sozinho, como um eléctrico», conta Pinto dos Santos. Contudo, num troço de Arganil, o carro acabaria por prender num gancho apertado e tombar. «Apoiou-se do lado esquerdo mas no segundo seguinte voltou a erguer-se. Como eu ia com o vidro aberto, o meu irmão pensou que, com a força do braço, eu tivesse empurrado a terra e posto o carro no sítio e disse-me “boa António!”». A nuvem de poeira desfez-se e também o público presente, incrédulo, parecia ter ficado com a mesma sensação do navegador, «gerou-se um alvoroço enorme e começou tudo a bater palmas».
No ano seguinte, um curto-circuito fez-lhes estoirar a bateria logo no início da classificativa de Santa Quitéria. O problema depressa se resolveu, já que um voluntário logo se ofereceu para ceder a bateria do seu carro. «Foi tudo muito à pressa, mudámos a bateria e lá fizemos a classificativa com ela solta.» Do generoso voluntário só guardaram a morada. «Ele ficou sem bateria, não quis uma nova e ainda fez questão de me pagar o almoço umas semanas depois. Estas gentilezas, este carinho, nunca se agradece o suficiente», afirma Pinto dos Santos.

Ao primeiro quilómetro...
Quando em 1998 rumaram à Acrópole – primeiro rali internacional em que participaram –, já o espírito de Pinto dos Santos ia ocupado com as palavras de um amigo. O repórter fotográfico Francisco Romeiras tinha-o avisado da dificuldade do percurso e previsto que a 4L não passaria do primeiro quilómetro. Amedrontado por tal presságio, Pinto dos Santos resolveu colocar uma protecção no depósito do veículo e quando chegou à Grécia alugou o pior carro disponível, um Fiat 500, para fazer os treinos. «Se o Fiat aguentasse os treinos, a 4L passava lá à vontade.» O 500 aguentou mas ao final chegou com muita coisa partida e dois pneus furados.
Começaram o rali com a 4L e ao primeiro quilómetro... o carro ficou com as rodas traseiras no ar. A protecção do depósito tinha-se arrancado. «O depósito estava pendurado, a verter gasolina. Lá conseguimos desencaixar a protecção mas o depósito foi pendurado o resto do troço. Depois, os mecânicos arranjaram-nos logo uma artimanha, seguraram o depósito com as cintas que sustinham os pneus suplentes. Assim fomos o resto do rali e não acabámos em último!»

Seguidos pela rádio
1998 foi também o derradeiro ano das provas mickey mouse, inseridas no RAC, rally de Inglaterra. Numa dessas classificativas, o rádio da 4L ia sintonizado numa emissora que acompanhava o rali 24/24 horas. Quando chegou a vez dos locutores falarem da concorrente nº75, que era a 4L, ficaram tão admirados por aquele veículo estar sequer homologado, que a partir daí lhe prestaram especial atenção. «Faltava-nos apenas uma super especial em Shelton, um troço de ligação de cento e tal quilómetros e de repente ouvimos na rádio “se os ouvintes forem por acaso a ver a nº75, agradecíamos que nos informassem, porque não sabemos se ainda estão classificados”.» Os telefonemas foram tantos que logo a seguir a rádio teve de cancelar o pedido. Os dois concorrentes foram sendo seguidos por inúmeros carros, que não mais os largaram. No final do rali tinham à sua espera duas garrafas de champanhe – privilégio normalmente só destinado aos lugares do pódio – oferecidas pela rádio. «No fundo éramos vistos como uma mascote, um forasteiro, alguém que não está propriamente interessado na performance ou em fazer grandes tempos.»

Uma legião de fãs
Para os ralis levavam sempre 5000 autocolantes com uma caricatura da 4L alusiva à prova e cidade em questão. A procura era tanta que as pessoas inundavam os parques de assistência reclamando autógrafos. «Concorríamos plenamente com os carrões da frente. Eram sempre rios de pessoas à nossa volta e do carro.»
Tinham lugar à mesa de grandes nomes como Carlos Sainz. A Grifone, equipa italiana, encarregava-se da alimentação dos pilotos portugueses e dos dois mecânicos, apenas a troco de uma caixa de garrafas de vinho vindo de Portugal. «Para nós era um luxo. Em vez de andarmos a comprar sandochas, tínhamos ali um estatuto de piloto de fábrica. Em San Remo, chegou até a haver disputa entre a Grifone e outra marca italiana, que queria à força dar-nos o almoço.»
Já na velocidade eram incapazes de competir mano a mano com os primeiros classificados: «Uma vez fomos cronometrados a 125 km/h. O que mais se aproximava de nós era um Citroën Saxo a 150, enquanto o Oriol Servia, com um Toyota, chegava aos 208 e lá tínhamos de fazer a mesma classificativa.»

Fim de um projecto, fim de um sonho
O ano de 2000 ditava o fim da homologação do carro e foi também na Acrópole que disputaram o último rali internacional. Com o fim da autorização, morreu também o projecto. «Eu não tinha dinheiro para fazer os ralis fora da Europa, já não podia participar com ela em mais nenhum portanto acabou ali. A ideia era original e depois ou se arranja outra muito boa ou então não vale a pena.» As recordações, essas, ficaram na forma de fotografias e de páginas de jornais e revistas, que em tempos deram o devido destaque às 11 provas percorridas pela 4L de António Pinto dos Santos.
Agora com cerca de 200 mil quilómetros, ainda continua estimada como antigamente. O seu piloto, hoje com 51 anos, recorda com melancolia os caminhos que percorreu: «Tenho muitas saudades desses tempos.»
No próximo domingo a 4L sai da garagem para participar num festival de clássicos que terá lugar no Caramulo. «Vamos ser seguramente os últimos mas lá vamos fazer o percurso alegremente e mostrar que a 4L ainda está viva e com excelente aparência!»

* por Andreia Costa
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sábado, 20 de setembro de 2008

REENTRÉ!!!... depois de umas merecidas férias!

Voltamos à luta, caro amigos…
Hoje vou aqui escrever um pouco acerca do blog e dos últimos acontecimentos neste espaço!

Vamos deixar uma coisa clara:

O que me atraiu na “blogolândia” ou “blogomania” foi a festa da palavra, a diversão, a partilha, a alegria de poder fazer algo por S. Paio…

Nunca pretendi censurar os comentários dos leitores/visitantes, mas existem alguns tópicos que estão a ter “demasiados” comentários e há alguns que fogem aos parâmetros mínimos de ética e de bom senso.

Já houve ofensas a pessoas e, tendo sido elucidado das consequências que daí poderiam advir para mim à semelhança do que já aconteceu com outros responsáveis de blogues de terras vizinhas da nossa, fui obrigado a efectuar algumas alterações no modelo deste blog! Não sei se serão definitivas mas teve de ser feito.

Para terem uma ideia, há responsáveis de blogues com processos em tribunal devido a comentários anónimos que foram colocados. São anónimos, mas como o blog têm um responsável, o mesmo é responsável moral pelos comentários que aparecem no blog. Logo, pode ser responsabilizado do ponto de vista judicial! Como devem imaginar, não tenho muita vontade de futuramente estar numa situação dessas. Ainda na semana passada uma pessoa do nosso meio falava comigo e interrogava se seria possível alguém me colocar numa situação dessas… Sinceramente não sei, pois os comentários ofensivos estenderam-se a pessoas fora de S. Paio.

Eu vou continuar a permitir comentários de todos em todos os tópicos do blog, mas existem condições que condenarão os mesmos. Essas condições são, entre outras:

Para inserir comentários no blog deverão preencher os campos obrigatórios. Esta opção desabilita os comentários anónimos e a opção Nome/URL, permitindo apenas comentários autenticados, através do OpenID, o que inclui usuários do LiveJournal, WordPress, TypePad e AIM ou através de uma conta do Google, o que inclui usuários do Blogger.

Respeitadas as regras, é livre o debate dos assuntos publicados. No entanto, o espaço dos comentários não deve servir para discussões sobre assuntos de carácter pessoal ou fora do contexto do blog.

Ao inserir comentários, autorizam o titular do blog a reproduzi-los em qualquer outro meio de comunicação, dando os créditos devidos ao autor.

O espaço de comentários do blog não é moderado. No entanto, os comentários inseridos não podem apresentar conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade; desrespeitar a privacidade alheia, conter insultos, agressões, ofensas, linguagem obscena e/ou pornográfica (insultos a mim, posso eu bem!); mensagens sem o mínimo sentido e/ou que não se enquadrem no espírito do blog, conteúdo que possa ser interpretado como preconceituoso ou discriminatório a um indivíduo ou grupo de pessoas e que caracterizem prática de spam.

O titular deste blog não se responsabiliza pelos comentários dos frequentadores do blog ou por qualquer dano supostamente decorrente do uso deste serviço perante usuários e terceiros.

Reserva-se o direito de, a seu critério e a qualquer tempo, retirar mensagens que desrespeitem as regras desse blog ou as leis vigentes no país, ou de modificar as regras acima descritas.

Espero que passem a ser cumpridas estas "regras", Não queria tomar uma posição de pré-aprovação dos comentários antes da publicação… Para já, não tenho tempo, e seria no meu entender, uma falta de respeito por todos e pelo trabalho aqui efectuado.

A quem estou a prejudicar, espero que compreendam a minha situação que está a começar a ser delicada.

Por hoje, nada mais... tenho material comigo com fartura para recomeçar a colocar aqui no blog.

Um abraço,
JC

domingo, 7 de setembro de 2008

Formas de arte...

Depois de mais uns dias quentes aqui no blog que já causaram mossa, depois de mais uma perda de uma pedra basilar da nossa terra, aproveito para deixar um poema, dos muitos trabalhos que ainda tenho para publicar.

Este sendo dum afilhado do Catela, entendi colocar agora, para acalmar um pouco as hostes.
Todos os outros trabalhos irei colocando conforme puder.
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Eu vou estar uns dias ausentes do blog, pois já estou em periodo de férias e o portátil ficou também a descansar... felizmente há um cybercafé em cada esquina. Voltarei para a outra semana!

Mais uma vez apelo, ao bom senso de todos....A poesia faz bem!

VOLTEI SÒZINHO
Desenho a negro um banco,
E ao fundo, uma aurora boreal.
Pinto um sonho ás cores
Ou a preto e branco.

Sonho com o fim de uma rua
Desejando o fim de um caminho.
Toco-te com palavras leves.

Em troca, outras tais
Que por vezes quase inexistentes,
Entre outras que nunca se ouviram
Nem nunca se ouvirão.

Pinto-te de chamas
Convoco ventos e mares.
Grito a alguém que te leve…
Alguém que te leve daqui.

Agora bebo chá de esquecimento
E alimento-me do que nunca te direi.
Vivo perante uma luz verde
Que nunca se há-de apagar.

Nem por sombras,
Nem metáforas
Muito menos pelo teu olhar.

E não me venhas com ódio
Pois já me chega o amor…E o teu!?
Uma candidatura á dor eterna
Que nunca me vai sufocar.
-
Tiago Katela

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

O Ti António Elias morreu!

Meus amigos,

Nem só de assuntos alegres se faz este blog. Hoje cumpro o dever de aqui colocar esta notícia. Preferia não o ter de fazer, mas a vida é assim mesmo…

O Ti’ António Elias partiu esta manhã. Foi morar para um lugar diferente. É assim que eu encaro este tema… Faleceu um homem com H grande, daqueles que ainda existem mais alguns por aí, mas já não há forno a lenha ou doutra coisa qualquer que, tire mais nenhuma fornada igual a esta.

Foi um homem, que nasceu e viveu, sem nunca ter no seu bilhete de identidade, o nome do pai que conheceu bem mas, infelizmente naquele tempo, mesmo que passasse por ele na rua, nunca lhe podia chamar pai. Tristes tempos esses, que no fundo, endureceram as pessoas para a vida e pela lei da sobrevivência.

O Ti Elias, também conhecido pelo homem da mini-honda, com a qual já com perto de oitenta anos, ainda se deslocava nela até à vila de S. Pedro d’Alva, para tratar de tudo o precisava.

Este homem como tantos outros do seu tempo, começou a trabalhar ainda mal tinha deixado de mamar com nove anos. Foi carpinteiro/marceneiro durante toda a vida e a pé ou de bicicleta chegou a deslocar-se para trabalhar até à Pampilhosa da Serra.

Adquiriu naqueles tempos difíceis uma casa em S. Paio e como não tinha o dinheiro todo, foi pagando conforme podia a quem lho tinha emprestado, um tal Cunha dos lados de S. Martinho da Cortiça.

Convém dizer-vos que, naquele tempo, o dinheiro se emprestava mediante a palavra de honra da pessoa. Quanto não valia a palavra de honra de uma pessoa que dava para comprar uma casa?

Como os tempos eram difíceis, teve que ir até a Angola para cumprir a sua palavra e trabalhando dia e noite sábados e domingos, pagou a sua divida e acabou por construir em Angola, casas para todos os seus filhos e ainda duas que tinha alugadas e que lhe davam algum rendimento.

O 25 de Abril de 1974 que deu tanto a tantos, a ele tirou-lhe tudo, menos a casa que ele cá tinha comprado. Depois de começar tudo de novo, no fundo uma nova vida, só não conseguiu durante muito tempo, manter os seus filhos perto de si, como tinha feito em Angola, daí estarem hoje todos nos vários cantos deste país. Aqui reconstruiu a sua casa, construiu mais uma em frente não a tendo acabado, mas uma filha acabou-a e ainda comprou outra em Coimbra e ajudou a restaurá-la. Em Angola levou para lá muito cêdo a sua filha mais velha, que sempre viveu com ele desde os dezasseis anos e de tanto tempo estarem juntos, sempre rezingavam mas, no fundo percebiam que, um não era nada sem o outro.

Pessoa sempre muito amiga da casa dos meus avós maternos, muito amigo do meu avô Francisco e de todos. Ainda hoje a minha mãe referiu que foi a pessoa que lhe deu a melhor prenda de casamento (um conjunto de cama bordado e 500 escudos, o que em 1968 era muito dinheiro!). Na minha cabeça, está a imagem de o ver sentado à porta de casa. Habituei-me durante anos a vê-lo lá… umas vezes só, outras vezes com os amigos. Juntavam-se lá o meu tio Fortunato e o meu tio Chico “da Ribeira”. E por ali matavam o seu tempo. E uma imagem de anos e anos… Cumprimentava sempre. Mesmo nos últimos anos, em que a memória começava a atraiçoá-lo, levantava sempre a mão!

Desde do falecimento do meu avô Francisco, o Tio Elias detinha o ilustre papel do homem mais velho de S. Paio.

Contribui involuntariamente para este blog com um flagrante da vida real.

Hoje as lágrimas correm no rosto desta família e o blog de S. Paio de Mondego, entendeu deixar aqui esta homenagem, ao homem grande que com 95 anos partiu e no fundo, apresentar as nossas condolências a todos os familiares.

JC



quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Uma descoberta...

…por terras de S. Paio!

Meus caros amigos,

No fim-de-semana de Agosto que estive por São Paio, aproveitei para fazer algumas coisas que, por vezes, passo algum tempo (leia-se anos!) sem as fazer… como por exemplo, ir a casa do Ti’Zé Sevilho.

Depois de uma tarde em que andamos (sim, ia acompanhado!) para o lado da Bralhada, saímos em direcção ao Galinheiro e subimos à Gândara de Cima. Uma visita ao Ti’Zé e à Ti’Olívia. Nada de estranhar, conversas sobre a localização de algumas casas antigas de São Paio e visita à adega! Continuamos sem estranhar nada…

Quando não é o meu espanto, passo a porteira que dá para a parte detrás da casa e deparo-me com uma parreira de kiwis (quiuís ou quivis, é o que quiserem chamar!). Esta é a parte que é para estranhar…

Ora, segundo a bíblia que é a wikipédia, o kiwis são plantas típicas de locais com clima temperado ou subtropical de montanha. Acredito que eles se dão bem na Gândara de Cima por causa do clima temperado.

A plantação é de ficar de boca aberta e os frutos são bastante bons. Uma espécie alternativa que se deu bem pelas nossas bandas e com algumas particulariedades (se tiverem curiosidade podem ler na wikipédia).

Um abraço,
JC

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Flagrantes da vida real....

- Precisas de ajuda?

- Para quê?

- Para descobrires quem vai ganhar o prémio da maior cabra?

- Nãã... Eu consigo lá chegar sozinho…


Nota: a ordem do diálogo é indiferente! Quem diz o quê a quem….
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