terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Uma adega... à séria!

Meus amigos,

Mais uma vez venho ao blog (e ainda bem…!) para vos mostrar um local do qual já muito falei! Mas antes isso e, porque a função deste blog também é informar, uma notícia algo já tardia mas que não podia deixar de referir: faleceu no passado dia 7 de Janeiro (acho que foi esta a data), o Sr. António Coelho de Sousa! Ele estava em Lisboa, mas o seu funeral realizou-se em S. Paio. À família enlutada, as nossas sinceras e respeitosas condolências!

Passando a outro assunto e é com alguma satisfação que vos mostro um local bem conhecido de alguns! Para muitos um local de convívio, para outros um local misterioso… Porquê? Porque o portão de saída do pátio, por vezes, parecia que estava mais longe do que o habitual… três dobros do caminho! Gostei da expressão “…três dobros…”!

Hoje venho-vos mostrar finalmente a adega do ti’ Zé Sevilho! A tal adega ainda com o chão de terra, pisada e repisada, dura que parece cimento! Escura, muito fresca como se querem! Uma simples lâmpada no tecto que já é uma modernice! Muitos anos lá fui só com a luz do sol ou com um candeeiro a petróleo! Os pipos ao fundo, a mesa em cimento que está chumbada no chão (mas que uma vez o meu primo Zé “das Ermidas” e o Artur Ribeiro conseguiram arrancá-la… acho que foram estes dois!), os seus bancos rústicos e o cântaro de barro com o prato em cima e um púcaro!

Há coisas que desde que me lembro ser gente, e quando digo isto é mesmo ser gente, que nunca mudaram! Este cântaro guardava sempre água fresca que me matou a sede muita vez quando era puto. Não me recordo bem, mas acho que era de uma fonte que havia no Galinheiro. Por vezes ia dar uma volta de bicicleta para a Gândara de Cima ou até ao Barreiro e fazia quase sempre uma paragem… técnica! Mais tarde, a tendência era mais para o líquido que aqueles pipos guardavam. Pipos ou garrafões… também nunca fui de cerimónias! Havia sempre um vinho morangueiro bastante bom!

Hoje é quase nostálgico ver estas fotos, mas tenho a esperança que a saúde dos donos desta adega ainda lhes permita voltar a abrir a porta e a convidar para beber um copo. Muitos de vocês talvez não entendam, mas foi nestes locais e com estas gentes que me criei, que aprendi, que cresci! Por isso não me canso de falar deles e voltar a visitá-los quando posso! Muitos sempre confundiram e pensavam que o ti’ Zé e a ti’ Olívia eram meus avós! Cruzamentos de família por afinidade!

Um dia destes prometo que visito a do Valeiro! Outra adega obrigatória!

O meu agradecimento ao repórter de campo por mais este registo!

Um abraço,
JC

5 comentários:

Catela disse...

Pois é Kordeiro, só te esqueceste de referir aquela cama onde o Ti Zé Sevilho dorme ou dormia as suas sestas de verão, ali ao fresquinho.
De esto tudo ao pormenor, sendo que a luz já lá existe há muitos anos, só que era fornecida por um gerador que tanto funcionava em directo, como tinha umas baterias que acumulavam energia e alimentava as lâmpadas de 12V.
Felizmente há tempo foi instalada luz eléctrica fornecida pela EDP, ou pela IBERDROLA, já não sei!
Bom post, belas fotos!

kordeiro disse...

atravessei essas fases todas... do candeeiro a petróleo, do gerador e da luz electrica! O gerador quando estava a trabalhar ouvia-se pelo vale do Galinheiro fora...!
Da cama, foi esquecimento!
E já agora, um abraço ao ti' Zé Sevilho que fez anos na passada terça feira, dia 18! Acho que foram 82 primaveras!

Anónimo disse...

Só 82 Anos de idade!

Ou 82 de Trabalho duro?

kordeiro disse...

não!! 82!!

eu passo a explicar: como o ti' Zé sempre foi um bom garfo temos de aplicar a respectiva taxa de IVA (a da restauração)! Logo, 82 + 13% = 92 anos de idade!

ok?

Anónimo disse...

Belo post.Ó tempo volta para trás.Os meus parabens ao ti Zé Sevilho pela sua belissima idade,92 anos não é para todos.Um abraço
J.B.