Minha aldeia amada, que saudades eu tinha de te ver!
Este cheiro que emana das tuas chaminés supera qualquer calor tropical, o sabor das tuas comidas é único e não tem igual e o carinho das tuas/nossas gentes é insubstituível.
Fui para longe mas levei-te no peito, sendo que tudo o que tu és, eu sou em cada segundo, pois sou fruto da tua identidade, sou aquilo que tu e esta minha idade me ofereceram.
Regressei, mais aldeão do que nunca. E ao chegar não me apeteceu mais partir, pois aqui não é preciso qualquer Carnaval para sorrir, aqui tudo é genuíno... e viver é sentir.
A minha avó já não cozinha no pote, como o fazia até há um par de anos, mas muitas outras avós ainda o fazem, e as avós da minha aldeia são também um pouco de avós de todos nós.
Porque é que te amo tanto aldeia minha? Não me perguntes tal coisa. Deixa-me antes continuar a amar-te e a lutar pela tua vitalidade. É esta a melhor forma que tenho de te agradecer tudo o que sou.
Foto: AJorge Reis
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Meus amigos,
às vezes quando navego pela internet encontro algumas pérolas perdidas...Foi o que aconteceu com um texto e uma foto que encontrei num grupo do Facebook.
Um texto que transmite muito do que sinto e uma foto que leva a uma revolução nas minhas memórias. Pois então vejamos, a lareira com as panelas de ferro. Logo aqui um clássico! Talvez a maior até seja a panela do porco, como se chamava em minha casa. Aquele balde de cascas devia ir para lá direitinho.
Continuando na lareira, reparem à volta a quantidade de casulos de milho que são usados como lenha (aqui mais uma memória da malha do milho.
Olhando à volta, vemos um banco corrido ao fundo. Existe ainda um no Val-das-Casas, antes também estava na cozinha do forno. Era onde o meu avô descansava um pouco ou se aquecia. Como era de baixa estatura, chegava mesmo a deitar-se nele e dormir umas sestas ao quente da fogueira...
Vamos lá matar saudades deste tempo...
Até já,
JC
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