quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Recordar é viver...



Meus amigos,


Vamos partir à descoberta! Há uns tempos o Zé Alberto enviou-me umas fotos de mais uma fonte antiga que existe em S. Paio.

Eu já tenho as fotos desde muito antes do Verão mas só agora as publico depois de fazer o reconhecimento ao local pessoalmente.

Fácil de lá chegar mas é um sítio que passa completamente despercebido de quem vai na estrada adjacente….


Então, vamos a caminho da Ribeira… Rotunda e zás…! Por ali abaixo… Logo a seguir à casa do António Costa, um pouco mais à frente onde chegaram a fazer um depósito de madeira, há uma estrada quase paralela à de alcatrão que também vai dar lá abaixo à água. Quando se começa a descer, há um terreno do lado esquerdo que pertence à família do ti’ Zé Alfaiate… Na barreira da parte de baixo da estrada, encontramos a Fonte!


Seria mais um local de abastecimento da população antigamente antes da chegada da água canalizada… ou até depois desta!

Há muitas outras! É preciso é descobri-las onde! 

Um abraço,
JC

terça-feira, 23 de outubro de 2012

A entrevista depois do lançamento do livro...


Meus amigos,

Como sabem, o nosso amigo Catela lançou / apresentou o seu primeiro livro no passado dia 13  de Outubro. Já por aí há muitas fotos, muitos já leram artigos sobre o assunto e eu pensei fazer algo diferente: uma entrevista! Acho que ninguém o entrevistou, por isso é um exclusivo!

Aqui fica o seu depoimento… 

- Catela, este é um sonho que se tornou realidade…do blog ao livro? Ou simplesmente algo que aconteceu e tiveste vontade depois do presente da tua família da Lousã?
Sim este é um sonho que se tornou realidade. Foi sendo construído lentamente e acabou por acontecer. Não foi uma decisão fácil pelo que tive que ter o apoio de algumas pessoas que me ajudaram imenso e que ainda hoje continuam a partilhar comigo alguns momentos, onde me encorajam para outras aventuras. Acontecer, acho que só acontece porque nós fazemos por isso, porque lutamos, agora há que continuar a sonhar  e lutar por novas ideias.

- Fala-me um pouco deste livro: o quê, porquê, os temas dos textos….
O quê? Porque sempre adorei escrever e pelos vistos já era qualquer coisa que vinha de família, dado que na família já houve várias tentativas que acabaram por não passar disso mesmo. No entanto o porquê, é porque todos sentimos necessidade de, por vezes abrir o nosso coração e esta é uma forma. Começou na construção de um blog que a princípio era um pouco intimista mas que depressa achei que devia ter o leque mais aberto e assim apareceram os textos que por vezes relatam vivência minhas, outras vezes são textos encomendados por seguidores do blog, outros ainda, textos em que crio personagens e onde procuro alimentar sonhos de amor, que podem ser meus ou de qualquer outra pessoa. Os temas são o que calha no momento, mas todos se debruçam sobre o amor, solidão, perder ou ganhar, viver, sonhar, amar, querer, ou sofrer por amor.

- Onde vais buscar o assunto? Ao acaso ou são coisas guardadas dentro de ti…?
Nem sempre ao acaso. Muitas vezes são temas de conversa que tenho com outras pessoas, outras são quase como que uma necessidade de desabafar ideias, sonhos, outras também andarão por aqui guardadas e de repente querem aparecer à luz do dia e desabrocham tal qual uma flor. Outras são mesmo sentimentos que não consigo guardar.

- É uma grande prenda para os teus seguidores? Tens noção que há pessoas do outro lado do globo que te acompanham…?
Sim, acho que o livro é uma prenda para quem sempre seguiu o Blog mas acima de tudo é uma prenda que quis dar a mim próprio. Não, quanto às pessoas que me possam ler do outro lado do Globo não consigo sentir isso. Este mundo global sem manifestações das pessoas faz-nos pensar que tudo isto possa parecer quase virtual  e que mesmo que nos leiam, retirarão o que bem entenderem dos textos mas nada nos darão em troca.


- E para finalizar: o Catela escritor vai de férias ou vamos continuar a ter o prazer de ler a tua escrita? Algum projecto em outra área…?
Não, o Catela nesta sua nova faceta, não vai de férias e já tem entre mãos um novo livro mais ou menos no género deste e um outro que irá ser uma história onde a ficção e a realidade se irão misturar em histórias de aldeia com personagens inventados por mim. As histórias estarão interligadas construir e irão uma única história. É um livro que ainda precisa de ser bem trabalhado e não será dos próximos a sair. Antes disso tudo, irá sair um livro que contará uma história, a minha história ou a de qualquer um outro que tenha vivido os últimos da sua vida na perigosidade dos incêndios que alastraram um pouco por todo o país, tendo a base da história em 2005. Vamos ver o que o futuro me reserva. Não te esqueças que posso morrer antes de tudo isto. Um dia de cada vez. Abraço.

E eu é que agradeço a tua atenção!
Pedro, obrigado pelas fotos.

Abraço!
Até breve!
JC

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Faleceu o José Neves...


Deram os sinais de homem falecido na aldeia! Na torre da Igreja dobraram os sinos e toda a gente na terra, a pouco e pouco, ficou a saber que o sofrimento do Zé Neves tinha terminado. Um coração tão forte, num corpo martirizado pelo sofrimento e pelo trabalho de uma vida inteira, acabou mesmo assim por não aguentar. 

Lembro-me dele de cara cansada, mas sempre com um sorriso ou uma brincadeira e, é com essa imagem que quero ficar dele. Claro que nunca esquecerei as histórias que me contava e as próprias histórias que me aconteceram com ele. Foi um homem de luta, sofredor, amigo da sua família e do seu amigo, com uma imensa vida vivida ao sabor daqueles tempos, em que com pouco mais de meia dúzia de anos já andava à frente dos bois.

Foi o último homem a desfazer-se da sua junta de bois, sendo por isso a última que existiu nesta terra. Trabalhou quase até ao fim, até que o destino o apanhou também a ele nesta luta sempre desigual, em que a força do mal vence sempre a do bem. A doença levou-o e nós perdemos um grande homem, daqueles de fibra, à moda antiga, daqueles que não choram nem com as tripas na mão.

Recordo com saudade a bicicleta de que só se separou há bem pouco tempo e não esqueço que para parar na Costadeira, tinha que começar a travar nas Ermidas, tal era o desempenho da “pasteleira”. Não esqueço, ele ir ao meu lado a carregar a pulso um caixão e de repente meter a boina a cabeça para tentar ficar mais alto, para eu na frente não levar o caixão sozinho.

Agora Zé Neves, espero que descanses em paz, que tenhas um cantinho guardado no céu, porque tu mereceste esse lugar. As saudades que deixas apagam-se com as lágrimas que brotarão em silêncio dos nossos corações. O tempo vai fazer com que o luto se vista outra vez de outra cor e nessa altura, tenho a certeza de que o teu nome será sempre falado, quando se contarem as tuas histórias que irão passar de geração em geração.

À família apresento os meus sentimentos e deixo aqui um abraço de solidariedade. No funeral que se realiza por volta das 16 horas do dia 19 de Outubro da Igreja Matriz para o cemitério da Freguesia, não estarei presente, mas ele sabe que estou a cumprir o que prometi. Tenho pena pelo Santana que infelizmente não vai poder estar presente também.

* texto por António Catela
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O blog de São Paio de Mondego envia os mais sentidos pêsames a toda a família...

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Acontece neste sábado…


… a apresentação oficial do livro do António Catela! 

Pelas 16:00h do próximo dia 13, no Centro Cultural de Penacova, o Catela fará a apresentação oficial do seu livro.

Mas que livro? Um projecto antigo, daqueles sonhos que um homem guarda na gaveta e que espera sempre pelo dia seguinte para lhes dar continuidade… tenho alguns também!

Este livro é uma compilação dos textos que o Catela vai postando no seu blog “tudo num momento”. São textos que falam essencialmente das suas paixões, sentimentos e de um modo de vida que sempre o caracterizou. Ou seja, do blog ao livro!

 Tudo num momento (assim também se chama o livro) é como ele sempre viveu! Intenso, violentamente (no bom sentido), atrasado, desgastado…

O blog nasceu no seguimento do blog de S. Paio (não estou errado, pois não..?). Com umas luzes do mundo web, com umas ajudas e o Catela lá se lançou a colocar na internet, ao alcance de uns cliques o que ele sempre guardou lá por casa, em papéis ou simplesmente dentro de si…

No ano passado, no dia do seu 50º aniversário, o afilhado da Lousã, o Tiago Catela, em nome da família ofereceu-lhe o livro do blog! O Catela deve ter entrado em estado de arritmia, o 3º enfarte deve ter estado perto… quem lá estava viu a emoção na pele dele. Ou seja, foi o empurrão para tirar o seu projecto da gaveta. Já tinha um exemplar, agora era trabalhar sobre ele e dar seguimento.

Rodeou-se de gente de e com valor, que lhe fizeram a revisão da escrita, da capa, prefácios, etc… Amigos!

Depois, foi trabalhar com a gráfica e fazer nascer o seu projecto…

Sábado estará ao alcance de todos!

Completa o ciclo de um Homem…. Plantar uma árvore, ter um filho, escrever um livro!

Haverá mais algum livro a seguir a este? Algo me diz que sim… mas num género diferente e com uma vertente cultural elevadíssima!

Um abraço para ti, Catela!
JC

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Falecimento da São Bandeira…

Meus amigos,

No final do mês de Setembro fomos surpreendidos pela notícia do falecimento da São Bandeira.

Faleceu em França, onde habitava há muitos anos, sendo sepultada também por terras francesas.

Partilhava a sua vida com o Ludovino Andurão há 18 anos.

Em menos de 2 anos, a família Bandeira perdeu duas pessoas que por todos eram estimadas.

Ainda este verão, na Festa de S. Paio (e no fim-de-semana passado também) falava com o Vitor sobre o facto de serem uma família onde existiam 5 gerações vivas… o elo foi agora interrompido a meio.

Ao Andurão, Isabel, tia Hermínia, Vitor, Zé e restante família, o blog de São Paio de Mondego envia os mais sentidos pêsames.

Um abraço,
JC

Reentré...! tardia...

Meus amigos,

Um mês de atraso não será muito, ou para outros parece uma eternidade… Mas a verdade é que este texto já devia ter saído em meados de Setembro e por vários motivos, vai-se adiando dia após dia e depois dá num atraso brutal…

Mas o que interessa é andar com isto para a frente…

Outubro está quase a meio, a vindima nos tanques ou já nos pipos e parece que este ano a apanha da azeitona também já está praticamente feita (não há nada…)… fartura num ano, no outro é preciso acalmar pois o pessoal também não tem vasilhame para o colocar!

As férias passaram, os emigrantes despediram-se até ao regresso, as festas estão quase todas realizadas (o fim-de-semana passado foi Vila Nova), os coelhos e rolas andam já a fugir aos caçadores, os marmelos estão bons para se fazer a marmelada ou simplesmente serem assados nas brasas…

A vida da aldeia volta à rotina desta época…. assim como o sol espreita todos os dias atrás dos eucaliptos!

Eu por cá continuarei, a colocar alguma coisa na blogosfera…

Um abraço e até já,
JC