A preocupação acentuou-se ainda mais,
quando duas ambulâncias irromperam pela aldeia dentro tocando as suas sirenes
estridentes como se o mundo estivesse a acabar. E sim, acabou para dois amigos.
O Silvério, que por aqui apareceu há uns
anos e que acabou por ficar por aqui, vivendo com a “São do Alfaiate”, depressa
se entrosou na aldeia e em pouco tempo começou a merecer o carinho de todos.
Tinha a ficção de um dia acertar no
totoloto e vibrava com isso todas as semanas. Nunca ia ao Porto que no regresso
não distribuísse por uma grande parte das pessoas da aldeia uma garrafa de
vinho do Porto, um bolo-rei ou um folar. Sempre amigo de dar, acabou por doar
as cadeiras e mesas para a Associação de S. Paio de Mondego e para a Associação
do Silveirinho.
Foi um homem lutador, praticamente
analfabeto mas que fazia contas como ninguém. Agora veio o carro fúnebre para
que ele fizesse a sua última viagem em direcção ao Porto. Não o esqueceremos
porque homens deste calibre deixam marcas.
Ficou em nós “ os que de mais perto lidaram
com ele” uma sensação esquisita mas no fundo sabemos que se libertou para Deus.
Apresentamos os nossos pêsames à família.
ACatela
2 comentários:
Os meus sentimentos à familia , Paz à sua alma , Aurora,,
Apresento a toda a sua familia os meus sinceros sentimentos. Mais uma pessoa que parte, que sua alma repose em paz . Ultimamente muitas pessoas de Sao Paio ,vão indo, seguindo a lei da da vida.
Pois, que dizer, Sao Paio falta-me,
como o Sr SILVERIO fui adotado quase por a totalidade dos seus habitantes...
Não encontro palavras para exprimir a minha tristeza...
Ludovino ANDURAO
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