Meus amigos,
Tal como vos prometi, volto hoje ao blog para vos falar de tradições
populares que alguns teimosamente e muito bem, não deixam esquecer: os cepos
de Natal!
Ora, segundo a Wikipédia, “os madeiros, lenhos, cepos , galheiros, fogueiras do natal ou fogueiras do Galo, são grandes fogueiras que se acendem no centro da aldeia,
na praça principal ou no adro da igreja na véspera de Natal. (…)“.
No caso de S. Paio, os cepos
já conheceram vários locais. Eu lembro-me de se fazer junto ao Chafariz, junto
à Junta, em frente ao Arnaldo (cepos que o António do Cruzeiro cuidava da
manutenção deles… ou seja, sempre com brasa) e por último, no Adro da Igreja.
Este ano também havia cepos no Carril.
Continua a wikipédia, “(…) A tradição começa com a recolha dos madeiros
, que é feita pelos rapazes da terra, durante a noite em alguma regiões. Na
noite de Natal depois da missa as gentes da aldeia reúnem-se à volta da
fogueira para dançar e cantar (…).
A recolha já não será feita
durante a noite (isso dá um trabalho danado e está frio…). Na noite de Natal,
isso sim a malta reúne-se em volta da fogueira mas para beber um copo.
Aproveita-se para se ir tocar o sino a anunciar o nascimento de Jesus e depois
é ver até que hora se resiste ao sono. Ainda me lembro, na noite de Natal se ir
até ao Café Craveiro e fazia-se “excursões” até ao adro. O ti’ Jerónimo ou
alguém da família aguentava sempre ali umas horas.
Voltando à famosa wikipédia,
“(…) Em muitas aldeias, estas fogueiras
eram mantidas acesas ininterruptamente até ao Dia de Reis. A tradição do madeiro tem origem nos cultos pagãos, na celebração do solstício
de Inverno, em que se
acendiam enormes fogueiras ao ar livre. Era tradição, em
algumas regiões, que a lenha, os carros para transportar, e as respectivas
juntas fossem roubados. A celebração faz parte da tradição dos Roubos
rituais , das fogueiras dos Santos
populares e das fogueiras
da Páscoa (…)
Também ainda me lembro de manterem os cepos acesos, pelo menos até ao
Ano Novo (especialmente nos que acendiam junto ao Arnaldo). Este ano as
condições dos cepos (muito secos) e o tempo que se fazia sentir (pouco húmido)
levou à rápida combustão dos cepos, mas o que interessa é que manteve a
tradição.
O Zé Alberto, mais um ano, foi o maquinista de serviço. Nos cepos que
estavam no Carril, não sei ao certo quem foi o responsável (Álvaro? Carlos?)
mas contribuiu fortemente para o embelezamento desta época.
Um abraço! Até breve!
JC
4 comentários:
No Carril, o cepo estava na eira do Álvaro.
Obrigado pela informação e correcção! Bom Ano para ti e família! Inclui o Billy e os amigos, claro!
AINDA BEM QUE ESTAS FESTAS AINDA SE MANTEEM E EM LUFREU TERRA COM MUITO POUCA GENTE TBM OUVE CEPOS ATE OUVE 2 EM VES DE 1 UM NO MEIODO POVO E OUTRO AO FUNDO NO CUBAO ASSINADO LUFREU NEWS
Ainda me lembro das noites no café do meu avô em que, enquanto na cozinha se fritavam sonhos e filhóses, havia sempre alguém que nos fazia uma visita vindo do adro... que tempos fantásticos!
Enviar um comentário