segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Faleceu o ti' Zé Baltazar...


Meus amigos,

Ao final do dia da passada sexta feira, chegou a notícia de mais um falecimento.

José Martins Baltazar, sempre conhecido por Zé Baltazar. Foi pai de 12 filhos, dois dos quais faleceram ainda em criança. Mais tarde viria a perder mais dois já em idade adulta, o Aires e o há pouco tempo, o Francisco.

Entre nós, estão 3 filhas e 5 filhos. Tinha 10 netos e 10 netas, 6 bisnetas e 1 bisneto.

Uma das muitas famílias numerosas existentes na nossa terra. Lembro-me do ti’Zé Baltazar, já ele devia ter uns 60 anos… Lá passava ele na sua bicicleta pasteleira. Não sei ao certo mas ele já devia estar na casa dos 90 anos.

As complicações de saúde foram-se agravando nos últimos tempos.

O funeral realizou-se ontem às 16 horas da Capela das Ermidas para o cemitério de S. Paio.

Aproveito para também informar que já há algum tempo, faleceu a ti' Olinda, mulher do falecido Casimiro. Ela há uns anos que vivia em França junto do seu filho (o Paulo). Faleceu naquele País e foi lá sepultada. 

Às famílias enlutadas, as nossas sentidas condolências.

Até breve,
JC

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

CHEGADA...


Minha aldeia amada, que saudades eu tinha de te ver!

Este cheiro que emana das tuas chaminés supera qualquer calor tropical, o sabor das tuas comidas é único e não tem igual e o carinho das tuas/nossas gentes é insubstituível. 

Fui para longe mas levei-te no peito, sendo que tudo o que tu és, eu sou em cada segundo, pois sou fruto da tua identidade, sou aquilo que tu e esta minha idade me ofereceram. 

Regressei, mais aldeão do que nunca. E ao chegar não me apeteceu mais partir, pois aqui não é preciso qualquer Carnaval para sorrir, aqui tudo é genuíno... e viver é sentir. 

A minha avó já não cozinha no pote, como o fazia até há um par de anos, mas muitas outras avós ainda o fazem, e as avós da minha aldeia são também um pouco de avós de todos nós. 

Porque é que te amo tanto aldeia minha? Não me perguntes tal coisa. Deixa-me antes continuar a amar-te e a lutar pela tua vitalidade. É esta a melhor forma que tenho de te agradecer tudo o que sou.

Foto: AJorge Reis
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Meus amigos,

às vezes quando navego pela internet encontro algumas pérolas perdidas...Foi o que aconteceu com um texto e uma foto que encontrei num grupo do Facebook.

Um texto que transmite muito do que sinto e uma foto que leva a uma revolução nas minhas memórias. Pois então vejamos, a lareira com as panelas de ferro. Logo aqui um clássico! Talvez a maior até seja a panela do porco, como se chamava em minha casa. Aquele balde de cascas devia ir para lá direitinho.

Continuando na lareira, reparem à volta a quantidade de casulos de milho que são usados como lenha (aqui mais uma memória da malha do milho. 

Olhando à volta, vemos um banco corrido ao fundo. Existe ainda um no Val-das-Casas, antes também estava na cozinha do forno. Era onde o meu avô descansava um pouco ou se aquecia. Como era de baixa estatura, chegava mesmo a deitar-se nele e dormir umas sestas ao quente da fogueira...

Vamos lá matar saudades deste tempo...

Até já,
JC

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Carnaval

Meus amigos, 


no seguimento de anos anteriores, o Rancho Folclórico Cultural e Etnográfico da Casa do Povo de S. Pedro d'Alva fez uma pequena apresentação percorrendo algumas freguesias do Concelho. Não falharam São Paio, que também contribui com alguns e bons elementos para este grupo! 

O tempo continua a ajudar estas actividades ao ar livre. A chuva parece que também está de greve!

Eu dei uma espreitadela na página do Facebook do grupo e retirei (sem autorização) algumas fotos... Como é Carnaval, espero que ninguém leve a mal!


VER RESTANTES FOTOS AQUI!

Abraços!
JC

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Endireitas...


Meus amigos,

Volto ao blog para vos falar de endireitas… vou matar 2 coelhos com uma cajadada!

Os mais antigos e até os novos já ouviram falar de endireitas. O acesso ao médico em outros tempos era difícil, chegar a Coimbra era para lá de 1 hora de caminho e os transportes eram escassos.

O trabalho árduo do campo, os caminhos agrícolas de terra e calhau, os molhos de lenha, mato, cestas à cabeça, cântaros de água e afins, o peso constante em cima do corpo e dos ossos, levava muitas vezes as pessoas a fazerem entorses, músculos descaídos, outros malefícios ao corpo e até fracturas.

O sr. Doutor era longe e por vezes nem percebia nada de ossos, então ia-se ao endireita! Talvez dos mais falados na zona, pessoa que nunca conheci, era o endireita da Chamusca.

Mas o que era um endireita? Procurando no Wikipédia, simplesmente encontramos que é um indivíduo que conserta os ossos fraturados ou com luxação. Mas no fundo, quem leva esta arte com rigor e seriedade, o endireita é alguém que tem um conhecimento profundos do corpo humano a nível de ossos e músculos. Resolvem muitas vezes situações que a própria Medicina não tem resposta.

Hoje em dia, o nome endireita não é muito usual e existem os fisioterapeutas e os osteopatas. Mas continuam a existir muita gente que gosta de ser e exercer a vocação de endireita.

O que é que este assunto tem em comum com a foto? É que há cerca de 15 dias, a EDP enviou uma equipa para endireitar o poste que estava junto da rotunda! Este também deve ser um mal que atinge este tipo de estrutura pois já é o segundo que precisa de levar um “jeitinho”.

Um abraço, até breve! 
Um dia destes falo de benzeduras!
JC

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Faleceu o ti'Joaquim do Forno...

Meus amigos,

começo este mês de Fevereiro com uma triste notícia. Mais um Casal de S. Paio que perde o seu único habitante.

O ti'Joaquim do Valeiro do Forno deixou-nos aos 83 anos de idade.

Um homem nascido a 1928, que assistiu a uma Guerra Mundial, viu um virar de século e iria celebrar o seu 84º aniversário no dia 8 de Agosto.

Morreu de insuficiência pulmonar nos Hospitais da Universidade de Coimbra eram 9:30h da manhã.

O seu funeral realiza-se amanhã (quinta-feira) pelas 15h para o Cemitério Paroquial de S. Paio, sendo celebrada Missa de corpo presente na Capela da Nossa Senhora das Neves, nas Ermidas.

Era pai do Valdemar Dias Almeida.

Por várias vezes já tinha falado dele aqui no blog, principalmente sobre a sua adega, muito típica, daquelas que ainda são escavadas na terra e com um rego de água (das chuvas) que atravessava do cimo ao fundo.

Continuamos a ficar cada vez com menos gente nesta terra pequenina do Concelho de Penacova. Nós sabemos que é a ordem natural da vida, mas custa sempre ver as pessoas que nos são próximas a desaparecer.

O blog deixa aqui as nossas condolências aos familiares e amigos! Um grande abraço ao Valdemar.

Até breve, amigos!
JC