segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Palmeiras.. e escaravelhos!

Meus amigos,

Hoje volto ao blog para vos falar de escaravelhos…! Algo normal numa localidade rural como a nossa! Aqueles escaravelhos que vemos no campo, pretos, corpo gordo…

Mas se eu vos falar do escaravelho da palmeira? Parece que há uma praga que agora ataca as palmeiras. Uma vez atacadas pelo escaravelho, nada há a fazer a não ser o seu abate como forma de prevenção da propagação da doença a outras palmeiras. No entanto, a intervenção na palmeira antes de ser atacada pelo escaravelho pode funcionar como boa forma de prevenção. 

Em S. Paio há algumas palmeiras que servem de ornamentação a espaços e alguns jardins. 

Este escaravelho das palmeiras tem o nome de Rhynchophorus ferrugineus. Os sintomas podem ser folhas desprendidas da coroa, orifício e galerias na base das folhas com larvas ou casulos, coroa desguarnecida no topo devido ao amarelecimento e seca das folhas centrais, folíolos de folhas novas seccionados em ângulo ou com pontas truncadas a direito, amálgama de fibras cortadas e húmidas com cheiro fétido.

A luta contra a disseminação desta praga é particularmente difícil em virtude do insecto desenvolver-se no interior da planta o que lhe confere protecção contra a acção dos insecticidas.

A estratégia de luta passa fundamentalmente por detectar as palmeiras infestadas, destruir cautelosamente as mesmas incinerando-as, realizar tratamentos nas palmeiras vizinhas sem sintomas, capturar os insectos adultos com armadilhas.

Os tratamentos fitossanitários só devem ser feitos por pessoas ou entidades devidamente credenciadas para o efeito.

As podas devem restringir-se apenas ao material seco, de modo a não atrair o insecto. E foi neste sentido que se fez a manutenção das palmeiras existentes nas Ermidas.
Aproveitou-se a presença dos técnicos para se fazer igualmente uma limpeza nos eucaliptos de forma a retirar material velho e seco e algum excesso de ramagem.

Ficam algumas fotos deste trabalho impressionante. No sábado, dia 14, assisti a parte deste serviço e não deve ser fácil andar lá pendurado no alto daquelas árvores centenárias!


Um abraço,
JC

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Faleceu o Sebastião...

Meus amigos,

Neste sábado, a S. Paio, chegou a notícia do falecimento de Sebastião Cordeiro de Oliveira, nome que a muitos não dirá nada mas se o tratar por Sebastião "do Terreiro", já todos o identificam bem.

A foto que coloco aqui foi tirada no Domingo da Festa das Ermidas no ano passado. Há uns anos que não habitava em S. Paio, estando para os arredores de Lamego. Não deixava de visitar a terra que o acolheu durante a sua vida.

Trabalhou muito ano como carpinteiro numa oficina que ficava por baixo da casa. Já não é de minha recordação. Recordo-me sempre dele como uma pessoa pouco faladora mas correcta no trato. 

Contava com cerca de 90 anos de idade e vai hoje a sepultar na terra onde habitava presentemente.

O blog deixa aqui as nossas condolências aos familiares.

Volto breve,
JC


sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

AUSTERIDADE


Meus amigos,

Sobre este tema e, devido à natureza dele não me vou alargar aqui no blog, achei um texto no Facebook no qual identifiquei muitas situações que aconteciam e acontecem em S. Paio ou das quais, ainda me lembro bem, dos meus avós e pais contarem... 

Achei um texto interessante!

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Era pequenino, ainda me lembro bem de ouvir dizer como era, com milhares de aldeias sem luz eléctrica, sem água canalizada e sem saneamento básico...
Ainda me lembro bem...

Na minha aldeia poucos iam à escola e não havia médicos nem automóveis...
Ainda me lembro bem...

Uma sardinha dava para três e carne só nos dias de festa.
Ainda me lembro bem...

Andávamos descalços, as casas eram frias e a água era gelada.
Ainda me lembro tão bem...

Na minha aldeia tínhamos luz da vela que nos iluminavam conversas em família, à lareira, até horas tardias, antes de nos deitarmos nas camas de palha, quentinhas, pois os animais, ali mesmo por baixo do soalho, aqueciam o ambiente.
Ainda me lembro bem...

Não tínhamos restaurantes, mas cultivávamos tudo o que comíamos, das hortaliças às batatas, do centeio ao trigo, das galinhas aos porcos, pelo que na nossa mesa a fartura poderia não existir mas também nunca soubemos o que era fome!
Ainda me lembro bem...

Na minha aldeia não havia banco nem empréstimos, mas sempre que algo era preciso os vizinhos estavam sempre ali, para nos ajudar a ir ao médico da cidade, para nos socorrer no incêndio ou para nos ouvir, simplesmente. 
Ainda me lembro bem... 

Na minha aldeia não tínhamos grandes superfícies comerciais, mas trocávamos tudo o que era necessário para não passar fome, não tínhamos financiamento para comprar uma caixa, a que lá na cidade chamam apartamento, mas todas as famílias construíam a sua própria casa, com a ajuda dos filhos, dos irmãos e dos vizinhos. No "dia da placa", parte mais dura da construção, todos apareciam para ajudar, a fazer a massa, acartar as vigas e espalhar o cimento.
Ainda me lembro bem...

Na minha aldeia não havia sindicatos, mas todos nos defendíamos dos desconhecidos, todos defendiam os mesmos valores sociais, todos condenavam quem ofendia o outro.
Ainda me lembro bem...

Na minha aldeia não havia União Europeia, mas havia a união das famílias, que se discutiam entre si e se defendiam perante os outros, que se amavam e cresciam, que se olhavam nos olhos e trabalhavam em prol de um futuro melhor. 
Ainda me lembro bem...

Na minha aldeia nunca imaginamos um mundo assim, com pessoas desesperadas por não terem emprego nem quererem trabalhar, por pessoas que preferem a ilusão da cidade ao realismo do campo, por pessoas que estendem a mão por uma esmola e outras que desviam o olhar, por pessoas que abandonam os idosos porque acham que estes já passaram de validade, por pessoas que ganham milhões e ainda criticam quem produz e ganha tostões, por pessoas que com nada se preocupam a não ser com o seu umbigo, por pessoas que mais parecem animais. 
Ainda me lembro bem...
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Lá para 2ª feira volto com notícias fresquinhas de S. Paio!

Um abraço,
JC

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Tradições populares – Cantar as Janeiras


Meus amigos,

Chegou até ao e-mail do blog algumas fotos do que se passou no passado dia de Ano Novo em S. Paio.

Aproveitando a frase enviada pelo António Costa, há que não deixar morrer as tradições !

Com esse propósito, juntou-se um grupo de pessoas, maioritariamente feminino, e no dia 1, cantaram as Janeiras em S. Paio. Um grupo que se juntou espontaneamente e que percorreu as ruas da povoação.

Lá foram de porta em porta tocando e cantando as canções típicas das Janeiras, colhendo a simpatia e a contribuição da maioria das pessoas.

No dia seguinte, e para consumir algum do "material" que tinha sido recebido, juntaram-se para saborerar a tradicional chouriça com ovos.

Só um parêntesis neste texto do António, o que aconteceu neste dia, assim como em outras ocasiões que acontecem em S. Paio é de se enaltecer pois felizmente ainda somos de uma raça (desculpem a palavra mas é o que eu sinto) que não estamos à espera do próximo para fazer. Há pessoas com iniciativa, há pessoas válidas, há uma aldeia com vida e uns arrastam os outros... Se é para partir uma montanha, não há picaretas, vai ao murro, mas a montanha não fica lá de certeza... É esta fibra / raça que admiro na gente de S. Paio! 

Parabéns pela iniciativa!


Um abraço,
JC

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Divulgações - Tuna S. Martinho - Janeiras

Mensagem da Tuna de São Martinho: "Junto envio o nosso programa das Janeiras 2012.

Pedia o favor de o divulgarem.

Atenciosamente

P`la Tuna de S. Martinho
(Ricardo Pereira)

Votos de um Feliz Ano Novo da Tuna de S. Martinho."

:
Sobre o assunto das Janeiras, volto muito em breve ao blog para vos falar do que de melhor se faz por S. Paio!

Abraço,
JC

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Tradições Populares - Os Cepos de Natal!


Meus amigos,

Tal como vos prometi, volto hoje ao blog para vos falar de tradições populares que alguns teimosamente e muito bem, não deixam esquecer: os cepos de Natal!

Ora, segundo a Wikipédia, “os madeiros, lenhos, cepos , galheiros, fogueiras do natal ou fogueiras do Galo, são grandes fogueiras que se acendem no centro da aldeia, na praça principal ou no adro da igreja na véspera de Natal. (…)“.

No caso de S. Paio, os cepos já conheceram vários locais. Eu lembro-me de se fazer junto ao Chafariz, junto à Junta, em frente ao Arnaldo (cepos que o António do Cruzeiro cuidava da manutenção deles… ou seja, sempre com brasa) e por último, no Adro da Igreja. Este ano também havia cepos no Carril.

Continua a wikipédia, “(…) A tradição começa com a recolha dos madeiros , que é feita pelos rapazes da terra, durante a noite em alguma regiões. Na noite de Natal depois da missa as gentes da aldeia reúnem-se à volta da fogueira para dançar e cantar (…).

A recolha já não será feita durante a noite (isso dá um trabalho danado e está frio…). Na noite de Natal, isso sim a malta reúne-se em volta da fogueira mas para beber um copo. Aproveita-se para se ir tocar o sino a anunciar o nascimento de Jesus e depois é ver até que hora se resiste ao sono. Ainda me lembro, na noite de Natal se ir até ao Café Craveiro e fazia-se “excursões” até ao adro. O ti’ Jerónimo ou alguém da família aguentava sempre ali umas horas.

Voltando à famosa wikipédia, “(…) Em muitas aldeias, estas fogueiras eram mantidas acesas ininterruptamente até ao Dia de Reis. A tradição do madeiro tem origem nos cultos pagãos, na celebração do solstício de Inverno, em que se acendiam enormes fogueiras ao ar livre. Era tradição, em algumas regiões, que a lenha, os carros para transportar, e as respectivas juntas fossem roubados. A celebração faz parte da tradição dos Roubos rituais , das fogueiras dos Santos populares e das fogueiras da Páscoa (…)

Também ainda me lembro de manterem os cepos acesos, pelo menos até ao Ano Novo (especialmente nos que acendiam junto ao Arnaldo). Este ano as condições dos cepos (muito secos) e o tempo que se fazia sentir (pouco húmido) levou à rápida combustão dos cepos, mas o que interessa é que manteve a tradição.

O Zé Alberto, mais um ano, foi o maquinista de serviço. Nos cepos que estavam no Carril, não sei ao certo quem foi o responsável (Álvaro? Carlos?) mas contribuiu fortemente para o embelezamento desta época.

Um abraço! Até breve!
JC

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

FELIZ ANO NOVO!?

Bonne Année
Glückliches Neues Jahr
Bon Any Nou
Happy New Year

Xin nian yu kuai

Feliz Año Nuevo

Bonan Novjaron
Feliz Aninovo

onnellista Uutta Vuotta

Blwyddyn Newydd Dda

Kainourios Chronos
Shanah Tovah
Gelukkig Nieuwjaar
Boldog Ujevet
Selamat Tahun Baru
Farsflt Komandi Ar
Buon Capo d'Anno
Akemashite Omedetou Gozaimasu
Annum Faustum
Godt Nytt Ar
Szczesliwego Nowego roku



Meus amigos,

Antes de mais, Bom Ano para todos!

Ontem o dia amanheceu e já está! 2012...! Pumba…! Já??... é assim: já estamos em 2012… Ainda me lembro de quando o ano 2000 era uma miragem e que o Mundo ia acabar.

Ontem foi dia de fazer a lista de coisas a fazer ou melhorar neste ano!

Nada de novo… ser uma pessoa melhor (mesmo ás segundas-feiras!), mais tolerante, mais paciência…

Enfim! Promessas que depois farei o balanço no final. Acima de tudo temos de ter esperança e motivação! Se não houver motivação, quem é que a vai ter? Se não acordarmos todos os dias com a garra de partir a montanha, quem é que o vai fazer? Não há um retroescavadora, vai ao murro… não vai à primeira, vai à segunda! Desistir é que não… E se não for esta motivação, o que fazemos?

Há que andar para a frente! Temos uma aldeia cheia de gente bonita, que ajudam a embelezar esse bocadinho de terra. Empurra daqui e dali, e há que andar para a frente. Crises já houvera muitas, os nossos pais e avós viveram toda a vida sem um ordenado, simplesmente do comércio quase directo, criavam em casa, vendiam alguns produtos nas feiras ou aos vizinhos e assim faziam circular os artigos e viviam o seu dia-a-dia.

Não sei se fizeram essas promessas de início de ano, mas não se esqueçam que elas dependem unicamente e exclusivamente de nós mesmos.

Feliz Ano Novo!
Volto brevemente... talvez amanhã!

Uma abraço,
JC