Meus amigos,
Volto ao blog para vos falar, não de um tipo de comércio que ainda hoje há e do qual o ti' Jerónimo Craveiro e depois o Alcides se dedicaram, que era a venda ambulante de terra em terra com uma carrinha que é um autêntico mercado sobre rodas, mas de uma arte e pessoas que são os amoladores.
Não sei com que frequência por lá aparecem mas, de vez em quando, lá se começa a ouvir uma flauta de pã de canos ou plástico como apito, chamada em espanhol de chiflo, a qual sopra fazendo soar suas tonalidades consecutivas, de grave a aguda e vice-versa, a anunciar a proximidade do amolador! Também é conhecido pela arte de reparar chapéus de chuva.
Foi o caso de sexta-feira passada, o amolador andou a percorrer as ruas da freguesia para oferecer seus serviços de amolar facas, tesouras e outros instrumentos de corte. Montado na sua bicicleta, já de estilo “montanha” (em substituição das famosas pasteleiras), esta tem montado o esmeril mecânico com uma pedra de amolar. Para a fazer girar, basta para isso colocar a roda traseira da bicicleta sobre o cavalete, meter uma correia que vai da roda traseira ao esmeril e dar aos pedais.
Havia, e ainda há, a crença de que o amolador anuncia chuva… e parece que no fim-de-semana choveu qualquer coisa!
Mais uma situação do nosso atento repórter!
Volto com arquitecturas!
Um abraço,
JC