quarta-feira, 18 de maio de 2011

FESTA DAS ERMIDAS 2011

Na tentativa, mais uma, de ajudar o kordeiro a ter mais algum conteúdo para o seu blog e a nossa terra pelo assunto que aqui me trás, aqui estou para vos falar da Festa da Nossa Senhora das Ermidas. Esta festa, que este ano se vai realizar nos dias 06,07,08 e 09 de Agosto e como sempre no primeiro fim-de-semana de Agosto, já tem indícios de existência desde o séc. XlX e não pode, pelo menos enquanto existir vontade férrea das pessoas, de deixar de se realizar, sob pena de nunca mais voltarmos a ter a nossa festa das Ermidas.

Sabemos das dificuldades inerentes à organização dos festejos e o quanto temos que dar de nós durante a festa, enquanto outros, passam anos sem por lá passarem e deliciam-se com o trabalho que os outros têm, assim como também aproveitam a crítica voraz e sem sentido. Claro que a crítica também é precisa e cada vez mais necessária, mas não deve ser intransigente, porque erros todos cometemos e mais ou menos dificuldades já todos sentimos e tivemos.

De qualquer forma, depois deste pequeno devaneio, o que vos quero dizer é que alguém tem que fazer a festa, porque não ficou ninguém nomeado do ano anterior e eu, no entanto, fui tentando perceber se as pessoas se aproximavam e aderiam a esta ideia, mas como o tempo urge, decidi procurá-las duma forma pública e até para realçar a importância da nossa festa e do carinho que deve merecer de todos nós.

Assim, já temos com ideias assentes e preparados para fazer a festa, os seguintes elementos:


António Manuel Catela
José Manuel Baltazar
José Manaia
José Manuel Madeira
Tânia Santos


Serve também este post, para que saibam, que ainda não vai ser este ano que a festa vai acabar e por outro lado, para tentar perceber, se há mais alguém que queira pertencer a esta comissão de festas que se está a organizar. Quem quiser, é favor dirigir-se ao Catela ou ligar para o número 912507796. Vamos levar este desígnio por diante mais um ano e tentar fazer renascer a vontade de nunca deixar morrer a nossa festa das Ermidas.

Muito obrigado a todos.
António Catela

terça-feira, 17 de maio de 2011

Hoje é dia de aniversário!

Ah pois é, meus amigos! É dia de beber um copo e celebrar! Faz hoje 4 anos que embarquei numa aventura que foi o nosso blog!

464 Publicações depois da primeira cá estou eu! Onde vamos parar? Sinceramente não sei! Mas vamos andando! Para a frente é que é o caminho. Mesmo com austeridade e afins, vamos trabalhando, bebendo e comendo! Quem quiser, tenho PEC’s para a Troika!

Falando mais sério, é uma data que marca o começo de algo diferente, algo que ainda não se tinha feito até então, algo que veio aproximar algumas pessoas à sua terra. Basicamente, foi uma maneira de eu também fazer algo de útil por S. Paio. Hoje não vos vou contar pela 4ª vez como isto tudo começou pois já todos sabem (Leonel, a Tatiana perguntou-me por ti…!), mas vou-vos contar uma passagem que aconteceu comigo na última ida a São Paio.

Encontrei a Cidália (do Bento) no café, e estivemos a falar um pouco sobre a mãe dela, falecida recentemente. No meio da conversa ela contou-me que tinha recebido via correio uma carta nosso primo António Santos Nunes, filho da tia Trindade (do Sebastião) que mora no Brasil a enviar as condolências à família, em particular ás 3 irmãs (Cidália, Arminda e à Otília) e na carta escreveu que tomou conhecimento da triste notícia através do blog!

São estas pequenas coisas que nos fazem continuar. Com mais ou menos actividade, com mais ou menos tempo, vai continuar a surgir sempre algo novo no blog!

E basicamente é isso que vos quero dizer hoje!

Um grande obrigado a todos que ajudam este projecto (um agradecimento especial a algumas pessoas, sem as quais tudo isto seria muito mais complicado), quem quiser participar, isto é um projecto aberto a todos, como sempre foi!

Um grande abraço,
JC

domingo, 15 de maio de 2011

VÃO FECHAR A ESTAÇÃO DOS CORREIOS!!!

Apesar de já andar na “baila” há muito tempo, a hipótese de fecho da estação de correios de S. Pedro de Alva, volta de novo a pressão por parte dos CTT, no sentido de que o fecho aconteça o mais depressa possível. O denominado alto concelho ou “terras de Mondalva, como as descrevia Carlos Proença no seu livro”, se isto acontecer, vai perder mais alguma qualidade no serviço que é prestado à população.

Sendo os CTT uma empresa pública, que presta serviço público no âmbito das comunicações, devia a mesma melhorar cada vez mais os seus serviços e não amputá-los aos cidadãos. Todos nós reconhecemos que os tempos são difíceis, mas, por isso mesmo, há que haver empresas de serviço público com responsabilidades acrescidas que devem primar por manter os seus serviços abertos. Se assim não for, este interior tão perto do mar, vai a pouco e pouco ficando deserto.

Este país não pode, sob pena de nos afundarmos, viver todo no litoral e plantado à beira mar, mas se continuarem a fechar as escolas, as extensões de saúde, as estações de correio, não haverá outra forma de se poder continuar a viver neste país, senão a de irmos todos atrás das instituições, do desenvolvimento, do progresso e abandonar ao Deus dará estas terras, tornando-as num extenso eucaliptal rodeado de matagal e silvas.

Podem vir com todo o tipo de argumentos, mas o que vai sempre ser realçado é a natureza economicista da questão. Deixando para trás todas as questões de índole social e do dever de praticar um cada vez melhor serviço público e muitas outros argumentos que estarão do lado de quem paga o serviço público, ainda fica a oportunidade que alguns terão de beneficiar com este encerramento.

Para além de tudo isto ainda se coloca o problema que passará a existir, caso os serviços passem a ser realizados por uma empresa privada, ou um particular, que é a de garantia de sigilo que um funcionário dos correios está obrigado, e que não sabemos como poderá ser garantido a partir daí.

Os CTT têm um problema para resolver em S. Pedro de Alva e que engloba pelo menos mais cinco Freguesias, mas de certeza que ouvindo e escutando a população e os que foram eleitos por elas, encontrarão outras soluções mais viáveis e mais fáceis de entender. Não escolham a solução mais fácil e míope de fechar estas estações das Freguesias rurais, como fecham ou abrem as das grandes cidades, porque aqui a vida pulula há volta de cada instituição. Uma estação de correios até fez com que alguém doasse temporariamente o edifício, e pode ser muito mais do que um distribuidor de correspondência, assim o entendam e queiram os responsáveis.

A liberalização está em voga e contra mim falo que defendo alguma, mas há limites que devemos procurar respeitar e há serviços que pela sua importância, devem tentar manter-se em zonas rurais, porque, a sobrevivência destas comunidades depende destas estruturas locais. Há serviços praticados pelo estado que nunca poderão ser completamente liberalizados e este é um dos casos. Só o Estado pode garantir serviços postais viáveis, que ofereçam um serviço universal de qualidade a um preço acessível.

Fechar as estações dos CTT, leva a tudo isto de que já falei, mas também a entregas mais demoradas e ao retirar de funções que se podem considerar de serviço social, como o pagamento de reformas e afins. Domingo, lá estarei às dez horas para ouvir e ser melhor esclarecido e se for o caso, dizer de minha justiça. Apareçam também!

António Catela

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Trabalhos do campo...

Meus amigos,


Volto ao blog para vos falar de uma actividade agrícola: a sementeira das batatas! Só vos vou falar do semear, pois a fase depois de as arrancar acho que ainda hoje tenho pesadelos com essa tarefa!


Semear batatas, talvez uma das actividades rurais mais antigas, um alimento quase básico na mesa. Desde pequeno que me lembro dos meus avós semearem batatas. Muitas…! Quase que me benzia ao ver o terreno que ano após ano eles escolhiam para as semear. Tenho a nítida noção que cada ano que passava resolviam semear cada vez mais. Ainda eu perguntava para que era tanta batata e a resposta era sempre a mesma: “pode vir por aí alguém e sempre leva um saquito!”! Nota: o saquito nunca era menos do que meia saca de 50kg!

E assim era! Começava-se a preparar a terra para ser lavrada. Preparar, implicava tirar o estrume ao gado para espalhar pela terra. Tirar o estrume ao gado, implicava que se tinha de lhe fazer nova cama. Fazer nova cama, implicava ter de ir roçar mato! Definitivamente, os ginásios rurais são exigentes!


Então, estrume espalhado, lavrava-se a terra. Normalmente este trabalho ficava por conta do tractor. Sendo assim, a terra ficava mole (fofa) de modo que se possa trabalhar e também para que depois a água entre com mais facilidade.


Chegada a altura da sementeira, abrem-se regos e as variantes para o fazer são muitas: com enxada, com arado com tracção animal ou então, numa variante mais moderna, de tractor!

Por vezes, também nesta altura de abrir os regos para a sementeira espalhava-se um pouco de estrume para quando o rego estivesse aberto e antes de se colocar a batata, se fazer uma “rapadura” para o fundo do rego.


Versão moderna, é colocar um pouco de adubo e depois coloca-se a batata que já tinham sido escolhidas para o efeito, de preferência aquelas que tinham um bom grelo, e quando se abria o rego seguinte, o anterior ficava tapado. Às vezes era preciso dar um jeito com a enxada. E assim se semeava o terreno. Depois era esperar que as batatas viessem espreitar o sol. Que apareça um pequeno caule com folhas… É altura para as sachar. Há que manter o terreno macio para a água entrar melhor e também a batata ter mais facilidade em crescer… e para isso só precisam de sol e água!


Obrigado à Teresa!


Um abraço,
JC

 



terça-feira, 3 de maio de 2011

Domingo de Páscoa!

Meus amigos,

Domingo de Páscoa na aldeia é sempre diferente! Talvez, a seguir à Festa das Ermidas seja o dia mais importante a nível de celebrações em S. Paio.

Este ano nada fugiu à regra! Domingo de manhã, com um dia de sol, começou a visita Pascal. A minha casa este ano não foi a segunda a ser visitada mas sim a primeira.

Começaram a aparecer os carros com quem este ano se voluntariou para tal missão. A Cruz, que nos anos anteriores era levada a nossas casas pelo Zé Madeira, este ano foi o Paulo “da Graciete” que teve tal missão e lá estava ele, vestido e penteado a rigor!

As senhoras que acompanhavam a Cruz, levavam este ano uma capa curta pelos ombros que, de um modo simples, transmitia uma mensagem a todos.

A visita prolongou-se pelo dia todo, era visível a movimentação das famílias de umas casas. Eu falhei alguns convites!

A visita Pascal foi interrompida para a celebração da Eucaristia por volta do meio-dia, tendo sido retomada já depois de almoço!

O feriado do 25 de Abril veio dar uma ajuda a quem se deslocou de outras partes do país para as aldeias pois permitiu que estas permanecessem “mais povoadas” no dia de Domingo. Eu também já nem me recordava qual tinha sido o último ano que tinha estado todo o dia de Páscoa em S. Paio!

Aproveitou-se também para mudar o vinho e engarrafar algum… e provar!

Voltarei em breve!

Abraços,
JC