terça-feira, 23 de novembro de 2010

9º Passeio de Cicloturismo - FOTOREPORTAGEM

Dia 21 de Novembro de 2010!

O céu parece que abriu uma torneira, para descarregar copiosamente água em cima dos valentes ciclistas, que se propuseram cumprir o percurso delineado pela Associação. A participação não foi tão grande como nos últimos anos mas…compreendia-se, “até eu que estava dentro do carro do pirilampo, pensei duas vezes”.


Depois de termos deixado para trás, a Cruz do Soito, S. Pedro de Alva e Silveirinho, chegamos a Travanca do Mondego, local da paragem para o pequeno-almoço. Como não foi possível comer a bucha (e que bucha) ao ar livre, os elementos da Junta de Freguesia de Travanca do Mondego, disponibilizaram-nos uma sala, para afagarmos o estômago ao enxuto.

Foram de uma delicadeza extrema, mas para o que eu conheço do João Azadinho, nada me admirou. Engraçado, por ironia do destino, enquanto estivemos a comer, esteve um sol maravilhoso que deu para alguns se secarem um bocadinho e aproveitamos para ir à fonte, tirar uma foto do grupo. Não há dúvida de que, Travanca do Mondego ganhou ali naquele local, um espaço maravilhoso de recreio, lazer e convívio, que esperamos não venha agora a ser ensombrado pela construção duma ETAR - estação de tratamento de águas residuais, perto do local.

No retorno a S. Paio, a chuva continuou a ser a nossa companheira de viagem e tenho que enaltecer o esforço e a coragem de todos os ciclistas, em especial daqueles que carregados com jeropiga, bolinhos lá continuavam o seu degredo. Quero também deixar um cumprimento especial ao José Lopes e ao José Laurindo de Penacova, (benfiquistas de gema) que se associaram ao nosso evento, apesar de não ser um percurso muito apropriado para eles, até porque, são senhores cá duma pedalada, que nem queiram saber.
Depois de um belo banho, lá nos encontramos todos na antiga escola primária, que serve hoje de sede à Associação Cultural e Desportiva de S. Paio de Mondego, para saborear um belo almoço (torresmos e batata cozida). Estava bastante mais gente, (cerca de oitenta pessoas) e depois deste excelente repasto, ainda tivemos a companhia do Vereador do desporto Sr. Ricardo Ferreira, até que por volta das 16 horas, as castanhas começaram a saltar quentinhas e andar de mão em mão, no magusto que a essa hora começou.

Uma palavra também de carinho e agradecimento ao António Coimbra fotógrafo de serviço, porque apesar do tempo e de guarda-chuva na mão, não deixou de tentar fazer a melhor reportagem possível.

Um agradecimento também à Cruz Vermelha (Delegação de Laborins), pela presença de quatro elementos que acompanharam o passeio até ao final, tendo ainda ficado dois para confraternizarem connosco no almoço.

E pronto, assim se passou mais um dia deste tempo de crise, tantas vezes anunciada, tendo a Associação cumprido na íntegra, mais uma actividade do seu programa anual. Bem-haja a todos por terem aparecido.

Para verem todas as 240 fotografias, CLIQUEM AQUI!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Trabalhos do campo...

Meus amigos,

Hoje venho ao blog para continuar uma saga que comecei já este ano sobre “trabalhos do campo”!

Se no principio deste ano vos falei sobre a apanha da azeitona, este processo ficou sem a respectiva conclusão que é o trabalho após a apanha: o lagar!

Então, depois de apanhar a azeitona, temos de a levar ao lagar. Normalmente ela é ensacada e assim transportada ao lagar. Chegado a este (e aqui posso começar a divagar um pouco pelo que agradeço correcção caso diga alguma barbaridade!), a azeitona é lavada afim de se limpar alguma impureza que ainda resista no fruto, é pesada e triturada! Esta trituração vai permitir obter uma massa / pasta homogénea (moenda). Este grau de trituração ou moagem é ajustado consoante o estado de maturação da azeitona. Ou deveria ser…

Esta massa é batida e aquecida simultaneamente numa termobatedeira durante cerca de 45 minutos a uma temperatura inferior a 30ºC. Este processo é para garantir uma melhor qualidade do azeite!

A seguir a este passo do processo, tem-se que “encapachar” a massa… É isso mesmo, colocar a massa em capachos! Disto lembro-me de ir algumas vezes ao lagar de azeite do Silveirinho e logo à entrada era possível observar este processo. Uns capachos redondos, com um buraco no meio, e lá estava um senhor que, com bastante habilidade, colocava uma camada da massa em toda a volta do capacho e os ia empilhando num prato! Hoje sei que é um prato de uma prensa hidráulica. Dava um quadro engraçado, ver os capachos todos empilhados, todos certinhos!

Chegou a hora de eles serem apertados, literalmente! Seguem para a prensa (hidráulica)! A prensa começa a subir, e os capachos começam a ser apertados, comprimidos, “entalados”, de modo a garantir que há a separação entre os sólidos e os líquidos. Neste processo obtém-se 2 subprodutos, uma mistura de água e azeite de cor negra, e o bagaço. Este bagaço não é mais do que partes da polpa da azeitona, epiderme e o caroço (que não dá muito jeito que vá junto do líquido precioso)!

Depois há que fazer o processo de separação entre o azeite, a água e restantes impurezas. Um processo que é algo demorado. Utiliza-se, no lagar, a diferença de densidades da água e do azeite para se fazer uma primeira decantação. Nesta fase não estão retiradas todas as partículas e impurezas ao azeite. A centrifugação do azeite é que vai permitir obter um produto puro e pronto a utilizar. Após todo este trabalho o azeite está pronto a ser consumido.

Só umas curiosidades sobre o azeite (algumas são pessoais e por isso não façam disto uma regra): o azeite é talvez das gorduras mais saudáveis que temos. O azeite contém gorduras monoinsaturadas, um tipo de gordura saudável que consumido em moderação (nunca esquecer que a dose faz o veneno…), pode reduzir o risco de doenças cardíacas, pois favorece a redução do LDL (se vocês virem os resultados das análises do sangue, vem lá este parâmetro), que não é mais  do que o colesterol “mau”! Além disso, o azeite tem uma série de anti-oxidantes que favorecem o desempenho do nosso organismo, como os polifenóis.

Hoje em dia tem-se o hábito de quem compra azeite achar que quanto mais amarelinho, melhor! Pois, esse azeite, quando está muito amarelinho é porque já sofreu oxidações por exposição à luz e por consequência, perdeu algumas das suas melhores qualidades. Por isso é que o azeite deve ser guardado em recipientes escuros, protegendo assim da luz! Se o azeite tiver uma cor esverdeada, melhor!

Outra situação que tem ligação com a parte comercial deste produto, para mim só deveria haver a classificação de Extra-Virgem e Virgem, pois esses são os verdadeiros, como nós os conhecemos na nossa terra. Tudo o resto que tem uma denominação de venda “Azeite” são provenientes de azeite refinados e esse é um processo que purifica o azeite, em toda a sua plenitude! Ou seja, limpa as impurezas e limpa o que é bom! É um processo que “limpa” também as vitaminas e os anti-oxidantes naturais do azeite!. E a meu ver, o grau de acidez também não é importante… mas é uma opinião pessoal!

De resto, venha bacalhau para se fazer uma tibornada e regar com azeite novo! E uns tintos, também!

As fotos são do Alexandre e já estavam a criar pó na minha pen desde do ano passado!

Um abraço,
JC
-

domingo, 14 de novembro de 2010

9º Passeio de Cicloturismo - ACDSPaio

Meus amigos,

Vai-se realizar já no próximo dia 21 de Novembro, o 9º Passeio de Cicloturismo, organizado pela Associação Cultural e Desportiva de S. Paio.

Uma oportunidade de tirar a ferrugem à bicicleta que está lá em casa (o Zé Neves não pertence a este grupo!), fazer um pouco de exercício, conviver, passar um dia diferente!

S. Paio em movimento!

Um abraço,
JC

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Faleceu D. Maria Esménia Dias

Faleceu a D. Maria Esménia Marques Cordeiro Dias, vítima de doença súbita. Era casada com o Sr. Virgílio Dias e tinham um café que ainda exploravam, à entrada do ramal da Fábrica de Cerâmica Estrela de Alva. Oficialmente, o sítio onde moravam ainda pertence ao concelho de Arganil mas, como é compreensível, sempre se relacionaram mais com o concelho de Penacova.

Quis o destino que partisse antes da sua mãe, que já conta 97 anos de idade e contra isso nada se pode fazer. O funeral vai-se realizar, dia 12 de Novembro de 2010, pelas 08,30 horas, para o cemitério de S. Pedro de Alva, onde deve chegar por volta das 09,00 horas.

Uma vida de serviço, de dedicação extrema às filhas e a toda a família, terminam assim de forma abrupta e sem ninguém contar. Às vezes dizemos para connosco, que se calhar, é uma forma bonita de as pessoas partirem, mas quanto a mim, acho que as pessoas, partindo assim desta forma, nem dão tempo aos familiares de se despedirem e isso deixa uma marca muito maior.

O certo é que morrendo duma forma ou de outra, deixamos atrás de nós tudo o que na terra possuímos e levamos para bem longe tudo o que somos. Agora ficam as lágrimas de sofrimento por essa partida brusca, ficam os olhares marcados pelo luto que se começa e fica aquela saudade, que nunca mais se apaga do pensamento.

Foi uma "mãe" para muitos, pois trabalhou na escola de Lufreu e era ela que tratava da cozinha. Naquele tempo, em alguns casos, o almoço dado na escola era a única refeição que as crianças comiam. Muitas vezes, e relatando histórias que sempre ouvi lá por casa, os miúdos chegavam todos molhados à escola e a professora (acho que era a D. Benilde), mandava-os ir à cozinha para se aquecerem e secarem a roupa. E lá estava a D. Esménia para ajudar.

O blog de S. Paio de Mondego, aproveita para enviar as condolências a toda a família e em especial à Alda, ao pequenino Salvador e ao Alceu dos Santos Fernandes, presidente da Assembleia de Freguesia de S. Paio de Mondego.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A DREC continua a “fazer das suas”...

Meus amigos,
chegou ao blog um pedido de divulgação...

Como muitos devem ter crianças afectadas por esta situação, aqui fica!

Abraço,
JC
_____________________________________

DREC CHUMBA TURMAS JÁ EM FUNCIONAMENTO HÁ mais de UM MÊS

A DREC continua a “fazer das suas” e a complicar a vida ao Agrupamento de Escolas de Penacova.

Ora aprova turmas, ora desaprova, ora vem exigir que tenham um limite mínimo de alunos, ora exige limite máximo, ora obriga à fusão, enfim!... É para onde lhes dá!

Depois de reprovar a constituição das turmas dos 6º e 9º anos que a Direcção do Agrupamento tinha proposto, já com os respectivos horários e professores distribuídos, deixando com isso os professores “pendurados”;

Depois de ter obrigando à reorganização de tudo, que atrasou toda a preparação do arranque do ano escolar;

Depois de impor a fusão de algumas turmas já em actividade, nalgumas disciplinas, também já dotadas de professores, obrigando a “baralhar tudo e dar de novo”, dificultando novamente a distribuição de salas, horários, disciplinas e professores;

Depois de não ter posto qualquer entrave, no início do ano lectivo, ao arranque dos cursos CEF de Bombeiros e de Empregado Comercial, de tipologia 3, destinados a alunos que estão a concluir o 3º ciclo e que já vinham desde o 5º ano em turmas de percursos alternativos;

Depois de estas turmas terem já mais de um mês de aulas nas respectivas áreas, com a afectação de professores do Agrupamento que para isso estavam disponíveis;

Depois de só agora alertar para algumas irregularidades no CEF tipo 2, Electricista de Instalações e após autorização de funcionamento;

Depois de tudo isto e muito mais, …

Vem agora a DREC comunicar que essas irregularidades são da responsabilidade do Agrupamento e têm como consequência, a não homologação deste curso, após 1 mês e meio de aulas…

E, como se não bastasse,

Chumbar a turma de Bombeiro, cujos alunos estavam em vias de completar o 3º Ciclo nesta via, deixando mais uma vez os nossos jovens, os professores e a Escola “pendurados” numa decisão que ninguém consegue compreender.

Mas não é só:

Também a turma Profissional de Turismo Ambiental e Rural, com 26 alunos não passou na censura, desta vez por ter alunos a mais, “chutando” alguns alunos para outras vias – o que não chegou a acontecer, por insistência da CAP - quando para o 6º ano tinha sido exigido esse número como o mínimo! Vá-se lá saber porquê!

A Associação de Pais, indignada com esta atitude de prepotência e desorientação da DREC exige mais respeito pelos alunos e pelo trabalho de todos e que se mantenha a turma de Bombeiro – formação que considera da maior importância para este concelho e para os jovens nela envolvidos – tanto mais que, como sabemos:

· Os Professores continuam a estar disponíveis na Escola e têm vindo a dar as aulas desde o início do ano lectivo, não acarretando acréscimo de despesa.

· A turma já só necessitava da validação para contratação, de técnicos especializados, cujo pagamento provinha do POPH, não significando mais despesa para o erário público;

· O nosso concelho ser essencialmente florestal e atravessado por vias de comunicação de grande sinistralidade, que a todos nos afecta e preocupa, e que dão muito trabalho aos Bombeiros.

Penacova, 10/11/2010

A Associação de Pais e Encarregados de Educação do

Agrupamento de Escolas de Penacova,
Eduardo Ferreira

Presidente da Assembleia-geral de Pais


Para saber mais:
Pedro Viseu – Presidente da Direcção – Telef. 963746018
Eduardo Ferreira - 919631053

terça-feira, 9 de novembro de 2010

À VOLTA DE RECORDAÇÕES...

Agarrando alguma réstia de vontade que ainda por aqui existia, fui dar uma volta pela Freguesia e passei por aquele emaranhado de eucaliptos nas Gândaras, que ninguém proibiu que se plantasse, em terras que em tempos davam milho, trigo e centeio alimentando esta e outras populações em redor e lá fui em direcção àquela imensidão de águas paradas, de várias cores nos parecendo, que mais não é do que a albufeira da Barragem da Aguieira.

A ideia era tirar umas fotos, apreciar a paisagem e tentar descobrir o sítio de amarração dum cabo de que mais adiante falarei e ver se havia por ali algo de novo sem contudo me perder, o que me impediria de voltar a casa a tempo de uma bela caldeirada de cabrito, que nos tempos que correm, todos lhe chamavam um figo. Estava um dia frio de Outono e a neblina, que agora é mais do que natural, situava-se pouco mais que três metros acima do nível das águas. Havia um pequeno ondular que trazia a água aos empurrões até à borda, num vai e vem constante e sereno. Com o tempo assim frio, quase gelado, vieram-me à ideia imagens de outros tempos… que nunca mais esquecerei e que ficarão para sempre gravadas nas memórias do meu córtex cerebral.

Consegui encontrar no meio de uma imensidão de silvas, o tal ponto de amarração dum cabo mas que não consegui fotografar. Vi de longe, de muito longe e lembrei-me da história e para que ele servia. Em tempos atrás, a Fábrica de Cerâmica da Estrela de Alva, precisava de passar o rio, para colocar do outro lado, no concelho de Santa Comba Dão, as telhas e tijolos que produzia e assim com as ideias sempre muito bem engendradas pelas gentes daquela família, colocaram um cabo nesse ponto de amarração e passavam sem grande dificuldade para o outro lado, esses materiais, que depois iriam ser transportados por carroças para a estação de comboios do Vimieiro, em Santa Comba Dão e assim serem depois transportados para vários locais do país.

No meio daquela imensidão de águas, consegui ver lá no fundo as rodas que tiravam a água do rio Mondego, os lagares de azeite ao lado da ribeira, as terras pretas das várzeas amanhadas e tratadas como se ouro se tratasse, os peixes que subiam o rio Mondego e iam desovar às ribeiras do Covelo e de S. Paio. Numa ponta do concelho de Penacova, simplesmente com o rio e a ribeira a fazer a fronteira com os concelhos de Santa Comba Dão, Tábua e Arganil, ali estava aquela terra, a nossa aldeia de S. Paio que nesses tempos, parecia um condomínio fechado, como há dias me disse um colega meu.

Tentei a pouco e pouco perceber, o que tínhamos ganho nós, com a construção de açudes tão grandes como a barragem do Coiço e a barragem da Aguieira. Ficamos sem coisas tão importantes para as nossas vidas, a troco do progresso e desenvolvimento, só que pouco beneficiamos nós dessas coisas, antes pelo contrário, cortaram-nos estradas, partiram ao meio propriedades florestais, que ficaram sem acessos dum lado para o outro nas bifurcações dos valeiros e hoje vagueamos à toa, olhando para aquela imensidão de águas que irão produzir energia para todos e até servir de contra-partida para os Espanhóis.

Recordar estes tempos antigos nem sempre nos fazem bem, mais ainda, quando da recordação, fica uma imensa saudade do rio que hoje não temos, que não vemos e que ainda hoje sabemos que chora aumentando o seu caudal, pelas nossas roupas, pelos nossos lençóis brancos a corar, pelos cobertores bravamente batidos nas pedras de lavar, pelas colchas lindas de festa. Esse rio que perdemos, que nos deixou, enche-se agora de prosápia, mostra-nos os barcos de recreio, as motas de água, os mergulhos e as quedas dos praticantes de jetski e acumula os lixos que perduram nas suas bordas, os rastos de óleo, e mostra-se imponente na grandeza da altura das suas águas, mas deixou de ser o nosso rio Mondego, por quem alteramos em tempos o nosso próprio nome.

Voltei a olhar para a neblina que a pouco se desfazia, porque pequenas gotas de água estavam a querer cair do céu, a chamada “chuva molha tolos” e começaram a querer entrar na minha parca roupa. Senti arrepios de frio e decidi voltar para o aconchego do meu lar. Não foi seguramente uma boa ideia, ter ido dar uma volta pela Freguesia, mas por outro lado, ao chegar a casa, alguma lenha já ardia na lareira. Foram reconfortantes aqueles momentos em que o meu corpo recebeu o calor dum fogo real e isso fez com que tivesse passado este domingo, ao quentinho, como se de um domingo de inverno se tratasse, escrevendo e teclando ao sabor dos tempos e da memória. “Ah, e a caldeirada estava excelente”.
___
* o texto é de António Catela e as fotos do Zé Alberto


   

domingo, 7 de novembro de 2010

Oliveira... na rotunda!

Meus amigos,

Hoje venho ao blog só para vos mostrar uma curiosidade!

A rotunda de S. Paio (por enquanto a única…), tem um ser vivo a habitar nela! Quando se fez o acabamento, foi transplantada para lá uma oliveira. Até a própria deve ter estranhado ser deixada por ali. Outras vezes também se deve sentir confusa pois os veículos passam tanto à sua direita como à sua esquerda quando se dirigem para povo… Mas deixando esses pormenores e indo à razão deste post: a oliveira adaptou-se à sua nova casa e este ano deu fruto! Uma bela azeitona, grande, lisa, sem estar estragada.

Estou em condições de afirmar que a quantidade de azeitona apanhada foi cerca de um balde, e vai-se proceder à curtição da mesma.

Sendo a oliveira de propriedade da Junta de Freguesia, depois do processo a que a azeitona vai ser sujeita, ela será dividida pelos vários elementos da Junta! Quem quiser prová-las…

Um abraço!
JC
.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A IDADE IMPORTA…!?

Um século, uma vida, o findar dos reinados que já não viu, a pobreza verdadeira, de viver no interior obscuro de Portugal, apesar de tão perto do mar. Esta terra de S. Paio que a viu nascer, se calhar de onde nunca saiu, regista hoje com carinho mais um aniversário da pessoa mais velha da nossa terra, a Maria da Conceição mais conhecida por, “MARIA SEVILHA”.

Os anos passaram lentamente e marcaram o rosto agora sulcado de rugas e entristeceram uns olhos carregados de intensidade e grandes. O corpo esguio e magro que se manteve quase sempre assim, uma alegria denunciante e brilhante num sorriso sempre aberto, as “mesinhas” que aprendeu a fazer e que tentou passar às pessoas mais novas, onde era obrigatório acreditar que, era possível tirar o quebranto, que era possível tirar o sol, que era possível tirar o “cobrão”, que era possível tanta coisa, desde que acreditássemos.
.
Assim o tempo foi passando por ela, ou ela passou pelo tempo e chegou a esta bonita idade de cem anos, que comemora hoje, em pleno Centenário da República, na casa de seus familiares que a acolheram já há alguns anos. Esta idade que todos sonhamos alcançar, só que de forma ainda lúcida e tranquila assim como ela, não é para todos, por isso, o Blog de S. Paio de Mondego, escolheu esta forma simples e singela, para deixar uma homenagem muito especial à Ti Maria Sevilha, desejando-lhe que ainda ande por aqui mais uns anitos e dar-lhe os parabéns por mais um aniversário, mas este especial por ser o centésimo.

Longa vida e votos de muitas felicidades, é o que desejam do fundo do coração, as pessoas que vão mantendo este blog de pé, apesar de todas as dificuldades sentidas!


A Junta de Freguesia, foi oferecer este ramo de flores e este bolo à Ti Sevilha.

.